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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Descontos sobre preço de tradução

Você já viu alguém chegar no caixa do supermercado, ouvir o preço e pedir um desconto? Não? Nem eu. Por que ninguém pede desconto no supermercado e tantos pedem para nós, tradutores?

A resposta é simples: porque nenhum supermercado dá desconto e muitos tradutores dão descontos. Inclusive, é comum a gente ouvir que poxa, fulano deu um descontinho camarada para a gente, você não vai dar?

Quer dizer, pedido de desconto gera pedido de desconto. Eu não dou descontos. Coto o preço e fico firme. Quer, quer; não quer, come alface com colher – e pronto. Estou atendendo solicitações de serviços profissionais, não vendendo camelo num mercado árabe.

Quando me pedem descontos – e a maioria pede – recuso, com cortesia, educação, bons modos, direitinho como mamãe ensinou. Mas não dou desconto para ninguém e recomendo que você siga o mesmo caminho. Pechinchar é um hábito desagradável, que não devemos incentivar e a concessão de um desconto é o maior incentivo que você pode dar ao cliente para que ele continue te espremendo até você virar bagaço.

Se o cliente quiser pagar menos, tem que dar algo em troca que compense a redução. Por exemplo, o sujeito me manda um pdf endiabrado, eu coto X, ele pede um desconto. Digo logo 20% de desconto se você me mandar o arquivo em formato Word.

Volto ao assunto amanhã, porque, sobre isso, dá para escrever um livro. Aliás, amanhã tem Reunião na Sala 7, grátis, a distância, portanto, para todos.

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