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sábado, 30 de janeiro de 2010

Estamos de casa nova!

Se você chegou aqui 
porque ainda está usando 
um endereço antigo do blogue,

E não se esqueça de guardar o novo endereço em seus favoritos.


sábado, 23 de janeiro de 2010

Edição Extra - Novo dicionário jurídico na praça!





Dia 4 de março, na Saraiva do Shopping Iguatemi - das 19h30 às 22h, coquetel de lançamento de duas obras que a Marina Bevilacqua de La Touloubre está lançando: "Dicionário Jurídico Bilíngue" (pt-in-pt) e o audiolivro "Inglês Jurídico para Profissionais".


Não vi o dicionário, mas a Marina sabe das coisas.


Lá estarei, venha você também. E obrigado à Marina pela gentileza do convite.


Divulgue, se puder.



Reunião na Sala 7 - Não esqueça!

Não se esqueça da Reunião na Sala 7, que, desta vez, vai ter duas edições de uma hora: na quinta-feira, dia 28, às vinte horas,  para os que reclamam que sábado de tarde não é hora de reunião salvo na sala de visitas para ver o jogo, e outra no sábado, dia 30, às catorze horas, para os fãs do horário antigo.

O tema, desta vez, é “Quem tem medo do Google Translate?” e vamos falar desse e de outros bichos-papões que têm feito muita gente ter pesadelos ou, o que é pior, fingir que não é com eles a conversa. Não se trata de repetição da palestra feita para a SBS

Grátis, como de sempre. Para participar, você não precisa de microfone, mas ou de fone de ouvido ou dos alto-falantes do computador — porque sem eles, não me ouve.

Se tiver como divulgar os dois eventos, a Kelli e eu ficamos muito gratos.

Antes que me esqueça, o blogue vai ficar algo parado até terça-feira, por motivos “do bem”. Aí, voltamos com aquele tró-ló-ló de sempre. Os comentários serão aprovados como de hábito.

Até lá!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ABRATES e SINTRA, mais uma vez

Este meu artigo gerou um artigo do Óscar Curros que aparentemente foi tirado do ar pelo próprio autor,  reacendeu a velha polêmica sobre ABRATES e SINTRA e gerou este comentário de um dos leitores aqui do blogue:

Danilo,

Sinceramente, não dá pra se entusiasmar com o SINTRA. Trata-se de uma saleta minúscula no final da Rua da Quitanda com uma única atendente. Tive a desagradável surpresa de visitá-lo. Imagina você andar no solão do Rio toda a rua da Quitanda para, finalmente, conhecer o seu sindicato e se deparar com a realidade.

Ao perguntar o que o SINTRA faz pelo tradutor, a única resposta é "o Sintra coloca o seu nome no sítio e oferece uma tabela sugestiva de preços". Tenha santa paciência, mas o SINTRA ainda precisa crescer para aparecer. Cobrar R$ 260,00 por ano para fazer isso é uma piada. Em todo o escândalo do Concurso para Tradutor Juramento do RJ, ele ficou caladérrimo e não moveu uma palha.

A ABRATES pelo menos se agitou um pouquinho nesse episódio do famigerado concurso, realiza os congressos de tradução, faz lá sua prova de credenciamento e etc.

Pronto. Desabafei. 


O artigo do Óscar Curros foi  discutido nas listas e no Orkut. Resumidamente:

Alguns tradutores não se associam porque as entidades não fazem nada, no que têm toda a razão. Outros tradutores afirmam que as entidades não fazem nada porque os tradutores não se associam e, por isso, falta dinheiro, no que, também, têm toda a razão. É um círculo vicioso a ser rompido.

Um terceiro grupo diz que quem reclama da diretoria está sempre errado e, em vez de reclamar, deveria montar uma chapa, candidatar-se às eleições e levar a entidade avante, para ver o que é bom para a tosse. Estes, a meu ver, estão sempre errados.

Quando eu vou a um restaurante e digo que a comida está mal feita, não se espera que eu consiga cozinhar melhor. Quando eu critico o prefeito, governador ou presidente, não se espera que  me candidate governe o faça um governo melhor que o deles.

Eu, por exemplo, sou péssimo administrador e, se fosse eleito diretor de uma das entidades, faria coisas horríveis, inimagináveis. Por isso que faço pela profissão aquilo que aparentemente sei fazer: escrever e falar.  Alguma coisa tenho que fazer, alguma coisa temos todos que fazer, se não for uma, que seja outra. Como diz o velho samba, “quem não sabe tocar violão nem pistão toca surdo.” A história do “não tenho tempo”, essa sim é um absurdo. Se você não tem tempo para os outros, não pode esperar que os outros tenham tempo para você.

Mas o fato é que, como mencionado no comentário reproduzido acima, o SINTRA não empolga a categoria nem com ações nem com propostas ou informações. A ABRATES faz bem mais, com os congressos e credenciamentos, mas ainda falha muito no quesito informação e divulgação. Note-se que o Congresso de Porto Alegre está aí, explodindo, na praça, com uma programação cada vez mais apetitosa — mas a página inicial do sítio da ABRATES sequer menciona o evento!

Do SINTRA, nada se sabe. Não acredito, não posso acreditar, que a diretoria não se reúna, não converse, não discuta, não tenha ideias a compartilhar conosco, não tenha planos. Alguma coisa hão de estar fazendo.

Provavelmente, nenhum dos diretores sabe como atualizar uma página em html, o que é perfeitamente desculpável e fazer um jornalzinho impresso agora está fora de cogitação, pelo custo. 

Mas se tivessem um bloguinho, a coisa seria simples, simples até demais. Qualquer pessoa razoavelmente alfabetizada por manter um blogue. Se até eu consigo, ora, esferas!

(Amanhã volto à Casa das Rosas — alguns dos colegas presentes à reunião me desafiam a falar sobre a Denise. Pois não perdem por esperar.)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O encontro da Casa das Rosas - 1

Este é o primeiro dos artigos sobre a Reunião da Casa das Rosas a respeito de direitos autorais dos tradutores. Não tenho a pretensão de resumir e aclarar tudo o que se disse lá em mais de duas horas de conversa. Entre outras coisas, como não traduzo para editoras nem muito menos literatura, algumas das coisas que lá se disseram acabaram por me escapar. Houve, por exemplo, umas tantas referências a personagens do mundo editorial, do tipo “como fazia fulano lá para 1980” que, para mim, não significam nada.

O ponto baixo da encontro, a meu ver, foi o nome: “Direitos autorais do tradutor literário”. Achei excludente e descortês para com a arraia miúda, gentinha como eu — e talvez você — que não reside no Olimpo dos que traduzem literatura, mas se acomoda no Ossujo da tradução não literária, muitas vezes chamada “tradução técnica” e que também somos filhos de Deus e São Jerônimo. A própria Denise Bottmann não traduz literatura, mas, aparentemente, foi considerada tradutora literária honoris causa.

Discuti o ponto com a Denise em particular. Ela discordou de mim, apresentou uma porção de razões, mas eu continuo achando que está errado. Errado porque quem traduzir obra protegida pelos direitos autorais é protegido pela legislação de direitos autorais, qualquer que seja o conteúdo da obra e é isso o que se discutia na Casa das Rosas. O fato de que o centro da discussão foi a saga da Lenita Esteves com  a Martins Fontes pelos seus direitos com respeito a “O senhor dos anéis” é acidental. Tudo o que lá se disse se aplicaria igualmente a uma tradução do “Manual de recauchutagem de pneus”, feita por Tradubaldo Trocaverbo, ou outro zé-ninguém qualquer. Por uma palavra, perderam a chance de unir mais a classe em torno de uma bandeira que é de todos nós.

Aquela era uma reunião para discutir uma questão jurídica: o que a lei concede a quem traduz um texto protegido pela legislação de direitos autorais. Bem por isso, a primeira a falar foi uma advogada, a Dra. Patrícia Luciane de Carvalho, que lançou, de maneira muito clara e didática, os alicerces da discussão. Muito do que se falou depois teria ficado difícil de entender. A fala dela foi a moldura do quadro.

Depois, falou Lenita Esteves, contando sua saga com “O senhor dos anéis”. Não li nenhum dos livros, não assisti o filme, por isso, algum detalhe me escapou, mas amanhã vou tentar resumir para você o que ela disse, antes que eu passe o dia escrevendo para o blogue. E, também, você não vai ter tempo de ler tanta coisa assim hoje.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Óscar Curros, Fundador da Óscar Curros Translations

O Óscar Curros, CEO e Fundador da Óscar Curros Translations, escreveu  em seu blogue sobre ABRATES e SINTRA, citando coisas que escrevi aqui.
Alguns colegas me perguntaram se eu não ia responder. Não tenho o que responder, oras! O Óscar Curros não me perguntou nada, só citou algo que escrevi. Meio picadinho, é fato, mas com o devido crédito. E deu lá suas opiniões, às quais tem todo o direito, como eu o tenho cá às minhas, que não são as dele, assim como as dele não são as minhas, se me faço claro. Não vou agora duelar com o colega mesmo porque não entendi bem o encadeamento das ideias, a começar pela referência ao Garganta Profunda, que me pareceu ter muito pouco que ver com o peixe.
De qualquer modo, o artigo me pareceu pouco mais do que uma tentativa velada de atrair gente para a IAPTI. Não faço, nem pretendo fazer, parte da IAPTI. Pode ser até uma entidade valiosa — pode até distribuir carteirinha válida no Brasil, como perguntou um colega numa das listas — mas certamente, sendo uma associação internacional, não teria como substituir nem SINTRA nem ABRATES, que nos representam em nível local. São coisas bem diferentes. Por exemplo, não me parece que a IAPTI, com todo seu valor, pudesse fazer algo sobre a estranha história do concurso para TPIC no Rio de Janeiro.
Alguns colegas também ridicularizaram o título de “CEO e Fundador da Óscar Curros Translations” que o Óscar atribuiu a si próprio, já que a Óscar Curros Translations parece ser tribo de um só ou muito poucos índios e um título tão altíssono, grandíloquo e sesquipedal pode parecer enganoso a alguns e megalomaníaco a outros.  Também acho meio exagerado, mas é a moda, agora e, evidentemente, direito dele usar, mesmo porque é pura verdade: o fundador é ele e certamente é ele quem apita.
Como eu ia dizendo, entretanto, é moda, agora, e conheço vários e várias CEOs, Diretores, Presidentes, Chairmen, Chairwomen, Chairpersons e Chairodiaboqueoscarregueatodoseles de empresas muito pequenas, que mal e mal comportam o chefe e uma recepcionista, se tanto. A Internet nos iguala a todos e permite a uma empresa microscópica se apresentar como se fosse uma grande multinacional. Pensei até em adotar para mim o nome de Vetusto e Venerável Grão-Nababo Geral das Traduções Nogueira, mas achei melhor desistir da ideia, embora continue preferindo “nababo” a “CEO”, que me parece antipático em português.
Sou a favor da liberdade de expressão e as opiniões do Óscar são bem-vindas, lembrando-se sempre que são as dele.
Por hoje, é só, que estou inundado de problemas. Amanhã, se estiver vivo, devo escrever sobre o debate da Casa das Rosas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Já que estaremos em Porto Alegre, mesmo...

Que tal fazermos um curso de tradução literária? O nosso amigo Guilherme Braga vai oferecer um, nos dois dias que antecedem o congresso da ABRATES. Eu vou, não só para prestigiar um amigo, mas porque o Guilherme, em geral, tem soluções fantásticas para trocadilhos, aliterações e outras coisas que não são comuns no meu mundinho tradutório, mas que de vez em quando aparecem e viram um pepino. Ele escolheu um lugar bem bacana: sabendo que tradutor gosta de uma boa comida, pretende fechar um andar de um restaurante bem bonitinho. Só que, para isso, precisa de no mínimo 10 pessoas confirmadas até o dia 15 de fevereiro. Vou reproduzir aqui o e-mail que ele mandou:

Curso sobre tradução literária em Porto Alegre -- estou tentando fechar um grupo de dez pessoas para oferecer um curso de dois dias em Porto Alegre, com quatro palestras especificamente sobre tradução literária. O curso acontecerá nos dias 17 e 18 de março, das 9h30 às 15h30 e versará principalmente sobre traduções de textos literários com alta exigência formal, com exemplos retirados de obras de Jack Kerouac, David Lodge e da adaptação cinematográfica de V de vingança.

Quaisquer dúvidas sobre horários, valores e condições podem ser esclarecidas por através do endereço avantesma@hotmail.com.


Um abraço!,
Guilherme Braga.

Mais informações, só com o Guilherme mesmo.

E aí, vamos?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Mais sobre o Congresso da ABRATES


Inscrição dos que moram no exterior

Paulo Wengorski, presidente da ABRATES me autoriza a informar que quem vier do exterior pode se inscrever na hora, com um preço especial. Aparentemente, a ABRATES teve uma dificuldade burocrática com as empresas de cartões de crédito e não tem um jeito de aceitar pagamentos do exterior. Então, se você mora no exterior, venha e, ao chegar, apresente-se e pague a inscrição.

O programa

Está tomando forma a programação do congresso da ABRATES na Leal e Valerosa. Pelo jeito, vai ser muito bom. Algumas das pessoas que vão falar são minhas conhecidas de longo tempo, outras tiveram seus nomes elogiados por colegas exigentes, que não são fáceis de enganar com pirotécnicas verbais.

Uma menção especial para nosso colega João Roque Dias (talvez pouco conhecido no Brasil por ser português a mais não poder) que vai falar, entre outras coisas, sobre grafia de unidades de medida. A grafia é a mesma em ambos os lados do Atlântico e a maioria dos tradutores comete erros bisonhos na área. Eu próprio, que já andei xeretando o assunto, tenho várias dúvidas.

Esta é a programação, copiada da mensagem recebida da ABRATES.

Segue a programação preliminar do III Congresso Internacional de Tradução e Interpretação da Associação Brasileira de Tradutores, que será realizado nos dias 19, 20 e 21 de março no Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre, RS. Os horários serão divulgados em breve. Ainda faltam confirmações de alguns participantes dos painéis e palestrantes.

Primeiro dia: sexta-feira, 19/03

* Oficina 1: Terminologia e Glossários - Cleci Bevilacqua e Maria José Finatto

* Oficina 2: Tradução Simultânea - Ayrton Farias

* Oficina 3: a confirmar

Segundo dia: sábado, 20/03

* Painel 1: Tradução Juramentada - Tamara Barile (SP), Beatriz Rodrigues (Buenos Aires), Renato Beninatto

* Painel 2: Mercados Regionais - Claudia Chauvet (Centro-Oeste), Ayrton Farias (Nordeste), Danilo Nogueira (Sudeste), Mônica Koehler Sant'Anna (Sul)

* Painel 3: Tradução Literária - Sergio Flaksman (RJ), Luiz Angélico da Costa (BA), Moacyr Scliar (RS)

* Painel 4: Formação em Tradução e Interpretação - Marcia Martins (PUC-Rio), Cristina Carneiro Rodrigues (UNESP) e outros a confirmar

* Painel 5: Direitos Autorais - Denise Bottmann, Sergio Molina, Dra. Eliane Abrão

* Painel 6: Organizações - Beatriz Rodriguez (CRAL/ FIT), Heloisa Barbosa (Sintra), Paulo Wengorski (Abrates)

* Palestra 1: Credenciamento de Tradutores e Intérpretes - Vagner Fracassi (ex-presidente da ABRATES)

* Palestra 2: Internet, o continente do conhecimento, e a arte da tradução - Roney Belhassof (consultor em gestão do conhecimento)

* Palestra 3: Intérprete de Língua de Sinais: um novo profissional que se apresenta - Angela Russo

* Palestra 4: Conhecimento enciclopédico e tradução - Patricia Chittoni Ramos

* Palestra 5: Terminologia em textos técnicos - Maria da Graça Krieger

* Palestra 6: a confirmar

* Apresentações de temas livres propostos pelos participantes e selecionados pela comissão

Terceiro dia, domingo, 21/03

* Painel 7: Legendagem: Nick Magrath, Bruno Murtinho (4 Estações), Carol Alfaro

* Palestra 7: Ortografias: a Bela e o Monstro (1ª Parte - O Acordo Ortográfico: para quê?/ 2ª Parte - Unidades de Medida: uma Ortografia essencial para tradutores) - João Roque Dias (Portugal)

* Palestra 8: As armadilhas da tradução do espanhol - Carlos Ancêde Nougué

* Palestra 9: Tendências no mercado mundial de traduções ou "será que eu vou ter trabalho no ano que vem?" - Renato Beninatto

* Encerramento

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Não é muito evento para um mês só?

Pois é. Ontem os círculos tradutórios se viram inundados por conversas sobre o I Encontro Internacional de Língua e Tradução, promovido, teoricamente, pelo Instituto de Línguas Miguel de Cervantes e Instituto Phorte (que nome horrível!). Na prática, é coisa da Gama Filho. Já tinha informações particulares de que eles estavam para lançar alguma coisa, agora, saiu publicamente.

Nada contra. A Gama Filho é muito agressiva e usa métodos muito modernos, tais como montar um curso de pós graduação cheio professores capazes que funciona em várias cidades. O Encontro, como era de esperar,  vai ter muita gente de alto quilate e vai ser uma vitrine para os cursos da Gama Filho.  A organização parece estar ótima, com programa pronto, oferta de eventos à distância e mil outras coisas. Altamente recomendável. A organização do evento da ABRATES continua paupérrima, lamentavelmente.

O problema pior entretanto é a data. Por que os dois eventos tão juntos? O mundinho da tradução é pequeno e eu já sabia do congresso da ABRATES em julho do ano passado e do da Gama Filho desde o mês passado. Realmente, não acredito que os responsáveis pelos eventos estivessem menos bem informados que eu. Por que, então, essa programação louca? Mera coincidência? Não creio.

Se a ABRATES sabia do evento da Gama Filho ao marcar sua data, foram descabeçados, porque o poder de fogo do adversário é avassalador. Por outro lado, se a Gama Filho já sabia do evento da ABRATES ao marcar o seu, foi de uma descortesia ímpar, não só para com a ABRATES, mas também para com a classe tradutora, porque, para muitos, dois eventos em duas semanas é demais. Fazer o quê? É essa a elite tradutória.

O que eu vou fazer? Já tinha decidido ir a Porto Alegre, de uma maneira ou de outra, por motivos pessoais, e, depois de convidado para participar de uma mesa redonda, vou mesmo. Além disso, já tenho até encontros marcados lá com amigos diversos. Assunto encerrado. Vou ao evento da Gama Filho? Talvez. Mas, para mim, é fácil. O evento da Gama Filho é no Bixiga, que não fica muito fora de mão para mim. Para a maioria, entretanto, é uma escolha dura. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A volta da Sala 7

A volta da Sala 7

A Reunião na Sala 7 está de volta. Quero tentar algumas modificações no formato, para ver que bicho dá.

A primeira é fazer duas Salas 7 por mês: uma no sábado, às 14 horas, como de sempre; a outra na quinta-feira. O conteúdo vai ser fundamentalmente o mesmo. Entretanto, como eu falo sempre de improviso, baseado na sinopse mostrada na tela, sempre pode haver uma diferença que outra.

A Sala 7 da noite é uma tentativa. Muita gente reclamava dos sábados e reclamava da tarde. Vamos ver se esse pessoal aparece de noite.

Para quem ainda não sabe, a Reunião na Sala 7 é uma palestra grátis, a distância, em que falo sobre temas variados de interesse profissional para tradutores e intérpretes. Aberta a todos os interessados. Há um chat para você fazer perguntas e, lamentavelmente, em algumas das Reuniões houve abuso do chat. Mas consegui botar ordem na turma e hoje o chat é usado como se deve.

Agora, preciso pedir dois favores a você: o primeiro é deixar seu comentário, aqui abaixo, dando sugestões sobre temas para a Sala 7 ou o que quer que seja; o segundo é divulgar o evento entre colegas e amigos que possam ter interesse nele, ou nos fóruns de que você fizer parte.

Se você nunca participou, saiba que não é um evento caça-níqueis. Ninguém fica dizendo, a cada dois minutos, “faça o nosso curso X, por meros R$ Y e seja o maior dos tradutores brasileiros em sete dias”. Posso até anunciar algum evento pago, mas o “espaço comerciais” jamais excede um minuto por Sala 7.

Espero que você venha e goste.

Para participar é necessário algum equipamento que permita ouvir: fone, alto-falante, coisa assim. Mas o chat é só digitado, significando que você não precisa de microfone.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Edição Extra: Cidade do Panamá chamando ABRATES! Alô, alô!!!!!!!!!

Alô, alô ABRATES, Cidade do Panamá chamando e eu fazendo aquilo que os radioamadores chamam um “patch”! Fala Antonia! Câmbio!

Olá Danilo,

recebo sempre seus textos e são, para mim, algo muito especial e agradável de ler. Sou brasileira e tradutora juramentada na Cidade do Panamá, na América Central, e estou muito interessada em participar do próximo congresso da ABRATES, mas, sinceramente, eles ainda não abriram a possibilidade da inscrição internacional e assim fica difícil definir todos os detalhes da viagem, sem ter essa segurança de já estar inscrita. Queria sugerir que vc insistisse um pouquinho nesse aspecto, no blog, pra ver se o pessoal organizador fornece mais informação na página do congresso. Conto com sua força.

Um abração de uma gaúcha

Antonia Porto Alegre - é meu sobrenome mesmo.

Câmbio!

Se você que está me lendo agora tiver alguma ligação com a organização do Congresso, ou souber de alguém que tenha, por favor, dê uma mão para a Antonia. Eu vou mexer os meus pauzinhos aqui, a ver no que dá. Mas eles estão muito enrolados, mesmo. Imagina que na página da ABRATES eu não consegui encontrar um link para o Congresso? Pode até estar lá, mas deve estar meio que talvez um pouco difícil de achar. A página é esta caso você se interesse. mas eu, e creio que muita gente mais, acha que deveria haver um link bem visível, com um aviso em bom tamanho, na página inicial da ABRATES. Uma pena, porque, mesmo sem divulgação apropriada, o entusiasmo é grande e vai muita gente. Vazou o nome de alguns dos palestrantes, além dos dois que estão na página do Congresso e são gente boa, que vale a pena ouvir e conhecer pessoalmente. E Porto Alegre está cada dia mais bonita.

E eu quero ver a Antonia lá, turma da ABRATES, vê se vocês se mexem! A minha parte, eu já fiz.

Antonia, quero o teu abraço lá em Porto Alegre. Se você encontrar um senhor, alto, esbelto, charmoso, um toque de gris na rala mas vasta cabeleira esvoaçante à brisa do Guaíba, daqueles que fazem palpitar os corações de mulheres com idade de serem suas filhas, já fica sabendo que não sou eu. Mas, de alguma forma, você me acha.

E fico muito satisfeito de que você lê o blogue e que tem sido útil. Eu fico aqui, batuscrevendo essas coisas e são mas mensagens e comentários dos leitores que me dizem se alguém se interessa, se vale a pena continuar escrevendo.

Atualização: Ana Iaria, pelo Twitter, me manda isto. Duas observações: primeiro que o "soon" é o relaçõespubliquês para "Deus sabe quando" e a Antonia tem todo o direito de se preocupar, porque o tempo se esvai e viagens internacionais não se planejam em cinco minutos. 


Segundo que "International Inscription" para um congresso promovido por uma associação nacional de tradutores é uma vergonha. Que direito temos de reclamar da turma que usa Babelfish? 


Continuo planejando ir, acho que vai haver gente interessante falando, quero rever amigos, quero abraçar gente que nunca vi pessoalmente antes, mas a organização é um caos. E, pelo amor de Deus, tirem aquele "inscription" de lá.


Atualização 2: Acaba de me telefonar o Presidente da ABRATES, Paulo Wengorski, que, além de assumir a responsabilidade pessoal por resolver o problema da Antonia (e tirar as "inscriptions" do site), ainda me convidou para participar de uma mesa redonda. Eu ia mesmo ao Congresso, agora, vou com mais gosto. Entretanto, não retiro absolutamente nada do que disse até agora: a organização precisa melhorar muito. 


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Edição Extra: Tradução na Casa das Rosas



Que conhece SP, conhece a Casa das Rosas, no começo da Avenida Paulista. Não sabia — há tanta coisa que não sei — que lá há vários eventos devotados à tradução. Coisas interessantes, com gente que conheço e respeito. Há anos, por exemplo, que quero ouvir  Mário Laranjeira, depois de, em 1998, ter participado de uma mesa redonda com ele.

Lamentavelmente, como moro meio que fora de mão e não tenho carro, para mim fica meio difícil ir. Mas não vou perder isto:
MESA-REDONDA: O DIREITO AUTORAL DO TRADUTOR LITERÁRIO
Com Patrícia Luciane de Carvalho, Denise Bottmann, Lenita Rimoli Esteves, Alzira Allegro e Jiro Takahashi. Mediação: Marcelo Tápia. 
Terça-feira, 19 de janeiro, 19h30.
A mesa reunirá a advogada Patrícia Luciane de Carvalho, especializada em Direito Autoral; a editora do blog Não gosto de plágio, Denise Bottman; as tradutoras e professoras Lenita Rimoli Esteves (USP) e Alzira Allegro (Unibero); e o editor e professor Jiro Takahashi. A mediação será feita pelo tradutor Marcelo Tápia, diretor da Casa Guilherme de Almeida.
Por incrível que possa parecer, não conheço a Denise Bottmann pessoalmente, a despeito de mantermos longas conversas via e-mail. Com a Lenita, já dividi uma mesa na USP. À Alzira, já fui apresentado na Unibero, há muitos anos. Os outros, não conheço. 

A programação completa está aqui.

Posta restante

Aproveito a manhã mais tranquila para responder duas pendências, com algum laconismo e muito atraso.


A minha língua nativa é o Português, mas sei falar muito bem Inglês e agora estou a estudar Espanhol. Queria saber o que é preciso fazer para ser uma tradutora.

Primeira coisa, sugiro que você dê uma clicada aqui do lado, onde diz “principiantes” e depois em “iniciantes”. Não tenho como repetir tudo o que está lá para cada um que me escreve. É só clicar que vai aparecendo. Mas vale um conselho a mais: passe todos os momentos livres de sua vida estudando suas segundas línguas e, para cada minuto que estudar as línguas estrangeiras, passe ao menos dois estudando português.

Não estou brincando. A maioria dos pretendentes a tradutor se esforça adoidado para melhorar seu conhecimento da segunda língua e acaba deixando de lado o português. Tradutores têm que dominar a própria língua e evitar contaminação de qualquer tipo. Desculpe, não leve a mal, mas preciso dar um exemplo, colhido na sua própria mensagem: você escreve “Inglês” e “Espanhol” com maiúsculas, à moda inglesa, quando ambas as palavras, segundo a ortografia portuguesa, são escritas com minúscula. Tradutor tem que se preocupar com essas minúcias.

Para tradutores que faturam pouco, vale lembrar que existe um programa fiscal chamado MEI - Micro Empresário Individual. Nesse programa você paga de imposto somente R$52,50 por mês (valor fixo mesmo) e "pode" receber até R$2000 por mês.
Outra coisa: pode explicar melhor qual a desvantagem de trabalhar com RPA? Não entendi a seguinte parte: "RPA não isenta o cliente do cumprimento de todas as normas atinentes à aquisição de serviço de pessoa física — que é exatamente aquilo que ele quer evitar ao pedir Nota Fiscal, não RPA."

Mesmo que você cobre muito pouco, logo vai passar dos R$ 2.000 brutos por mês e não há muita certeza de que tradutor seja empresário. Eu, ao menos, não sou. Para coroar, há entendimentos de que, empresários ou não, os tradutores não cabem no programa. Uma confusão dos diabos, um monte de vais e vens e você pode se ver a braços com uma tremenda cobrança de impostos atrasados porque sua empresa foi desenquadrada.

O RPA impõe ao cliente uma carga burocrática e fiscal bem maior que as notas fiscais de pessoa jurídica. Quer dizer, se você cobra dez e dá RPA e outro tradutor cobra doze, o teu serviço sai mais caro para o cliente, por causa dos tributos, além de dar mais trabalho para processar. Por isso, muitas empresas simplesmente não trabalham com quem só emite RPA ou Nota Fiscal de Pessoa Física, o que dá na mesma coisa. A maioria das pessoas jurídicas só aceita trabalhar com outras pessoas jurídicas.

Por que acho que é necessário traduzir com casca e tudo

Deixa contar para você por que eu defendo tanto a ideia de que o tradutor/intérprete tem que transmitir a mensagem recebida com casca e tudo, em vez de “dar uma adoçadinha”, como diz uma amiga. Talvez até já tenha contado, aqui, mas vale a pena repetir, entre outras coisas porque acho que a única pessoa que leu tudo o que eu escrevi aqui sou eu próprio.

Estava servindo de intérprete (não sou intérprete, mas “servi” de intérprete consecutivo, em alguns casos) entre um escocês e um brasileiro. O escocês até que entendia português e falava um pouco, mas achava mais fácil falar inglês e valer-se dos meus préstimos, como se dizia antigamente.

O diabo do escocês começou a usar uma linguagem dura, descortês e eu, para evitar o “incidente diplomático”, descascava e adoçava, servindo ao brasileiro somente a polpa, às vezes com uma colheradinha de mel. O escocês, notando o que eu fazia, começou a carregar na linguagem, que se tornava cada vez mais ofensiva. O homem estava se divertindo, à custa do interlocutor e à minha custa. Era óbvio que ele se comprazia em ver as minhas cabriolas para abrandar o discurso e com a impunidade que eu lhe estava garantindo.

Comecei a achar que estava sendo cúmplice daquilo, das ofensas a uma pessoa que não merecia ser ofendida ou que, ao menos, merecia o direito de saber que estava sendo ofendida. Comecei a sentir que era como se eu estivesse segurando o brasileiro, para que o escocês batesse com mais gosto e liberdade.

Então, comecei a traduzir precisamente o que o escocês dizia. A primeira reação do brasileiro foi se voltar contra mim, mas logo se deu conta do que estava sucedendo. O rapaz, normalmente quieto e cheio de polidez, virou bicho. Deu um murro na mesa do escocês, que era o chefe dele, encarou o homem e disse poucas e boas. O valentão afinou e mudou o tom da conversa. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Você decide – traduzir ou não traduzir? - meus comentários

Antes tarde do que nunca, estou voltando a este Você decide, para meus comentários finais, o que não significa que você não possa fazer mais um comentário, se quiser: sempre é tempo. O artigo foi mais uma vítima das famosas festas de fim de ano. Acho que você deveria ler o artigo inicial e os comentários, que estão aqui, antes de continuar com este texto.

A maioria do pessoal optou por traduzir “na bucha”, como diz a Raquel, em caso de simultânea, com alguns dizendo que, em caso de consecutiva, pediriam confirmação do orador. Resumidamente, os comentaristas afirmam que o conteúdo e forma da mensagem são de responsabilidade do orador e sua transmissão é de responsabilidade do tradutor-intérprete e que cada um deve cumprir com suas responsabilidades, com o que concordo.

Muitos intérpretes não concordam e, tanto neste caso, quanto no caso que ocorreu na África, que comentei aqui, como no caso da “merda”, que ocorreu algo mais tarde, creio que os intérpretes erraram. Erraram, não só por subirem além do sapato, arvorando-se em censor do orador, mas também por sua ingenuidade, achando que poderiam tapar o sol com uma peneira, porque, mais dia ou menos dia, a verdade aparece.

O Renato Motta lembra a necessidade de proteger o vínculo de confiança que deveria haver entre tradutor/intéprete e leitor/audiência, o que me parece muito sensato.

A história da consulta ao orador em consecutiva me fez imaginar a cena, aí já na história da merda, onde, mais uma vez, um intérprete, dessa vez de LIBRAS, censurou a palavra do presidente. Imagine a situação, o  orador dizendo Senhor Presidente, o senhor falou em "merda". Devo traduzir como “merda” mesmo ou não seria melhor usar um termo, digamos, mais palatável para a audiência? Sendo nosso presidente quem é, mal posso imaginar a resposta. Nem, muito menos, a festa que a imprensa faria no dia seguinte: depois de uma breve cochichada com Lula,…

No caso do estupro, fico imaginando a cara do americano ao ouvir um intérprete conferenciando com o candidato e, depois, “pulando o pedacinho”.

Um dos comentaristas disse: Não vejo como encarar essa questão (ou qualquer outra) sem contextualizar, nem observar os aspectos políticos. Estabilidade do país, liberdade de imprensa, pluralidade de opiniões na imprensa são relevantes.

O comentário é relevante e merece uma resposta separada. Primeiro que o contexto foi dado, não só por mim como pela imprensa e não foi negado por ninguém. A única dúvida era se o Presidente galhofava ou tinha de fato falado a sério e essa variável mereceria análise mais profunda. Não vejo como a liberdade de imprensa tenha algo que ver com a situação: intérprete não é jornalista.

Quanto à estabilidade do pais estar nas mãos (ou na boca, se quiserem) de um intérprete, há uma história holandesa famosa, do menino que, tendo visto água escorrendo por um buraco em um dique, tampou o furo com o dedinho, até que chegasse socorro, assim tendo salvo o país de uma inundação. A história é bonita, graciosa, daquelas coisas que, na minha infância, os pais contavam aos filhos para lhes instilar o senso de responsabilidade e dever individuais. Mas é uma lenda. Não há como um menino pudesse tampar com o dedo um furo em um dique que pudesse ameaçar a segurança da Holanda. 

Antes que seja mal interpretado: não sei se essas coisas que nosso presidente diz em seus discursos ameaçam a estabilidade do país, mas tenho certeza de que, se ameaçarem, não vai ser o intérprete que vai salvar a pátria censurando as palavras do presidente.

Por hoje é só. Amanhã tem mais.




quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Voltei!

A tempestade de segunda-feira torrou meu modem. Os LEDs acenciam e piscavam bonito, mas o modem não funcionava. Liguei para a Telefônica, fui magnificamente bem atendido por uma funcionária que fez mil testes e concluiu que era caso de visita técnica. Ontem, ligaram de manhã para agendar para hoje. Hoje de manhã, ligou um técnico de uma empresa que presta serviços à Telefônica, conversou comigo dois minutos, disse que suspeitava do modem, marcou hora para vir, veio na hora marcada, já entrou na minha casa com um modem novo embaixo do braço, trocou, funcionou, acabou.

Devido a peculiaridades da minha instalação elétrica, o modem ficou conectado à rede de eletricidade alguns minutos a mais que o computador. Se não fosse isso, o computador tinha ido para o inferno também.

Estou, agora, dando um jeito em uma coisa e outra e volto às postagens normais amanhã ou talvez ainda hoje.

A turma reclama do Speedy e, certamente, eu adoraria se tivesse resolvido o problema na hora. Mas, diga-se a verdade, não foi falha deles e até que resolveram direitinho.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aviso

Pessoal, o Danilo pede para avisar que está sem internet, e que volta assim que possível.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Curso de intérprete na PUC-SP

Recebido agora faz uns minutinhos, por cortesia da Luciana Carvalho:


O Departamento de Inglês da PUC-SP oferece o Curso Sequencial Intérprete em Língua Inglesa, destinado a formar intérpretes de conferência, propiciando-lhes os conhecimentos específicos e o domínio técnico para que possam atuar como mediadores no processo comunicativo, tanto em reuniões quanto em conferências, congressos e simpósios.

As disciplinas oferecidas no curso incluem Compreensão Oral para Intérpretes, Técnicas de Notação e Expansão Lexical para Intérpretes, Interpretação Consecutiva e Tradução Oral à Prima Vista, Teoria da Interpretação, Interpretação Simultânea InglêsInglês, Estágio de Interpretação.

Como parte da formação, os alunos do Curso Sequencial Intérprete em Língua Inglesa da PUC-SP têm a oportunidade de atuar em eventos acadêmicos sediados pela Universidade.

Os candidatos ao curso devem ter pleno domínio dos idiomas inglês e português, possuir ampla bagagem cultural, e ser portadores de certificado de conclusão de ensino médio ou, preferencialmente, de diploma de curso superior, em qualquer área de conhecimento.

Em 07 de janeiro, o EDITAL com os detalhes sobre a documentação necessária e procedimentos para inscrição no Processo Seletivo será publicado no site da PUC em "Processo Seletivo"..

As inscrições estarão abertas de 08 a 29 de janeiro, no SAE (Serviço de Administração Escolar), situado no subsolo do Prédio Bandeira de Mello (Prédio “Novo”) do Campus Monte Alegre da PUC-SP

Os candidatos inscritos passarão por um Processo Seletivo entre os dias 02 e 05 de fevereiro. O Processo Seletivo incluirá Teste de Aptidão, Análise de Currículo e Entrevista Avaliativa realizados, às 10:00 horas, no Centro de Estudos para Aprendizado de Línguas (CEAL) da PUC-SP, no Campus Monte Alegre - Prédio Bandeira de Mello, Andar Térreo - Sala: 67/69.

A lista dos aprovados será divulgada no site da PUC em 08 de fevereiro, e as matrículas ocorrerão nos dias 11 e 12 de fevereiro.

Para informações detalhadas sobre o curso, contatar os responsáveis pelo do curso: Profa. Glória Regina Loreto Sampaio  e Prof. Reynaldo José Pagura.
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O Curso Intérprete em Língua Inglesa é reconhecido pela PORTARIA Nº. 2811, de 6 de setembro de 2004, do MEC.

domingo, 3 de janeiro de 2010

A tradução está uma porcaria. Culpa de quem?

Amanhã, com mais gente de volta ao eito, volto ao ritmo normal, com a primeira análise do segundo “você decide”. Hoje, vou falar deste artigo de outro blogue  que me foi apontado pela Kelli, depois de ler sobre ele na 50302. 

O objetivo, aqui, não é defender quem traduziu. Todos nós sabemos que tradutor ruim tem em penca neste mundo - e não só no Brasil. Em vez de descrever o objetivo, vou logo ao assunto e, quem sabe, este artigo fala por si próprio — como, aliás, deveria falar — e dispensa aquelas descrições do tipo “este trabalho tem por objetivo…”.

O texto analisado pela Rosana Hermann é um livro assinado pelo Steve Jobs. Digo “assinado”, porque, assim como muita tradução assinada por Fulano de Tal foi feita por Beltrano de Qual, o que tem de texto fantasmagórico por aí não é pouca coisa. A Rosana leu o livro em português, numa tradução publicada pela Agir e detestou. Sentou a lenha e os comentaristas acompanharam, incluindo uma comentarista, que se assina Marcela e diz ser tradutora e parece ser mesmo.


Falha minha, apontada pela Adriana Morgan: já na capa do livro diz que não é do Jobs. Mas o meu erro não altera o valor dos comentários abaixo. 

Um dos meus bordões prediletos é que nem toda deficiência encontrada numa tradução é uma deficiência de tradução e nem toda deficiência de tradução é de responsabilidade do tradutor. Uso “deficiência”, aqui, como termo genérico para “erros e outras barbaridades”.

Muitas dessas deficiências estão no original e nós somente traduzimos a bobagem que o autor disse. Não nos cabe o dever de transmutar lixo em ouro — e muitas vezes nem que quiséssemos seria possível. Quem de nós ainda não foi condenado por alguma besteira contida em nosso serviço e que estava no original? Eu já fui, mais de uma vez. Uma vez, tomei uma cacetada de um cliente porque “a tradução era inservível”. Era, de fato. Mandava fazer uma porção de coisas que, aqui no Brasil, não se fazem. Mas quem tinha mandado fazer não era eu, era o raio do presidente da empresa, nos EUA. Quer dizer, você só pode saber se a tradução está bem feita se comparar com o original.

Se a tradução estiver errada, pode ser erro do tradutor, mas pode também não ser. Por exemplo, quando eu traduzia para a Westinghouse, fazendo coisas para a Companhia do Metrô de SP, era obrigado a usar a terminologia oficial e padrão, que mandava traduzir public address system por sistema de endereçamento ao público. Horrível, não é? Mas eu era obrigado a usar, era o termo oficial. Algumas editoras têm regras obrigando e proibindo o certos usos e revisores que ajustam qualquer tradução a essas exigências. Ah, antes que me esqueça, revisores também os há bons e maus: muitos corrigem erros e melhoram traduções, outros, nem tanto.

Claro, pode ser — e muitas vezes é — burrada de quem traduziu. Mas é importante definir as responsabilidades direitinho.

Os comentários variam muito de qualidade, o que não é de surpreender. O mais divertido, na minha opinião, é o da Marcela, que se diz tradutor e afirma que 
pior que traduzir no Google são as chamadas “ferramentas de tradução” ou “memórias de tradução” – leia-se Trados, CAT e afins, que nada mais são que “google translators” com licença paga e que por serem “mecânicas” pouco sabem diferenciar entre um “blue” de “azul” e um “blue” de tristeza ou um “out of de blue” de “inesperadamente”.
 O profundo desconhecimento que a Marcela revela do que sejam ferramentas de tradução é lamentável, embora muito comum. O pior é que mesmo nas faculdades haja quem pense assim. Mas isso é assunto para outro artigo, que este já está longo demais e eu preciso trabalhar.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A ABRATES, o SINTRA, o Congresso, Porto Alegre — e eu.

Você vai ao Congresso da ABRATES em Porto Alegre? Eu vou. Ou melhor, pretendo ir, porque a gente planeja e, no fim, dá tudo errado. Mas quero ir, pretendo ir, devo ir. Quem me conhece, sabe que eu tenho uma ligação afetiva muito forte com Porto Alegre, criada quando morei lá, ainda recém-casado, e fortalecida em visitas posteriores, quando fiz vários amigos na comunidade de tradutores do Rio Grande do Sul. Para ir a Porto Alegre, qualquer pretexto serve, nem precisa ser um bom motivo.
Quero ver a terra, quero abraçar os amigos, quero participar do Congresso. Estive nos dois primeiros, no Rio. Ao terceiro, tive de faltar, porque minha mulher já estava doente demais para viajar ou ficar sem mim mais do que algumas horas.
Mas o Congresso parece estar muito devagar. Não se vê nada nas listas de tradutores. Pouco ou quase nada no Twitter, embora a ABRATES tenha seu arroba próprio. Creio que nada no Facebook, uma que outra coisa no Orkut, mas, de oficial, praticamente nada. Parece até que o Congresso é secreto. Eu até fiz um agito no Twitter, mas, do pessoal da ABRATES, só apareceu o Marcelo Neves — que não participa das listas — e, mesmo assim, mais como particular do que como Tesoureiro da ABRATES.
A página é de uma pobreza franciscana. Há menos de três meses do Congresso, sabemos o nome de dois palestrantes:  Renato Beninatto, meu amigo de muitos anos, fundador da lista trad-prt e provavelmente uma das pessoas que melhor conhece o mundo da tradução profissional e Carlos Ancêde Nougué, de quem eu não tinha ouvido falar, mas parece ser pessoa de alta competência. O fato de que eu não conhecia Carlos Ancêde Nougué, a despeito dos meus 40 anos de militância tradutória, mostra uma das facetas importantes desses eventos, que é alargar nossos horizontes.
Mas fico aqui parafusando se SINTRA e ABRATES não fariam bem em sair um pouco do casulo, para postar umas coisinhas nas listas, Orkut e Twitter. Não ia custar tanto assim e podia até fazer muito pelo movimento, porque ambas as entidades parecem eternamente envolvidas em uma nuvem de mistério. Certo que ambas têm suas páginas na Internet, mas são coisas mortas, mais que mortas. Nem sei quando foram atualizadas pela última vez.
Nem um bloguesinho elas têm. Se a Kelli e eu conseguimos manter este blogue, porque nossas duas entidades representativas não podem? 
Agora vou contar para você de onde saiu este blogue: há anos, sugeri à ABRATES a criação de uma seção "Colegas de Amanhã" no site da entidade, para orientar os iniciantes e atrair mais associados para a ABRATES. Propus-me a escrever todos os textos sozinho ou juntamente com outros colegas. Recebi uma proposta amável e a sugestão de que formássemos um grupo de três, para não termos só a minha opinião. Os dois colegas lembrados para participar eram conhecidos meus e gente de capacidade. Aceitei na hora, satisfeitíssimo com a chance de trabalhar com eles.
Nunca mais me disseram nada sobre o projeto. Mudou a diretoria e não sei se a anterior julgou o projeto tão idiota que nem valia a pena repassar aos sucessores, ou se foram os sucessores que acharam a ideia toda uma bobajada só. Só sei que morreu o assunto. Ninguém é obrigado a concordar com minhas ideias, mas podiam ter dito que o projeto não ia sair.  
Depois de uns meses, me enchi de esperar resposta a criei este blogue que já estou escrevendo há mais de três anos. O ano de 2010 promete ainda mais.
Feliz ano novo!