Pois é. Ontem os círculos tradutórios se viram inundados por conversas sobre o I Encontro Internacional de Língua e Tradução, promovido, teoricamente, pelo Instituto de Línguas Miguel de Cervantes e Instituto Phorte (que nome horrível!). Na prática, é coisa da Gama Filho. Já tinha informações particulares de que eles estavam para lançar alguma coisa, agora, saiu publicamente.
Nada contra. A Gama Filho é muito agressiva e usa métodos muito modernos, tais como montar um curso de pós graduação cheio professores capazes que funciona em várias cidades. O Encontro, como era de esperar, vai ter muita gente de alto quilate e vai ser uma vitrine para os cursos da Gama Filho. A organização parece estar ótima, com programa pronto, oferta de eventos à distância e mil outras coisas. Altamente recomendável. A organização do evento da ABRATES continua paupérrima, lamentavelmente.
O problema pior entretanto é a data. Por que os dois eventos tão juntos? O mundinho da tradução é pequeno e eu já sabia do congresso da ABRATES em julho do ano passado e do da Gama Filho desde o mês passado. Realmente, não acredito que os responsáveis pelos eventos estivessem menos bem informados que eu. Por que, então, essa programação louca? Mera coincidência? Não creio.
Se a ABRATES sabia do evento da Gama Filho ao marcar sua data, foram descabeçados, porque o poder de fogo do adversário é avassalador. Por outro lado, se a Gama Filho já sabia do evento da ABRATES ao marcar o seu, foi de uma descortesia ímpar, não só para com a ABRATES, mas também para com a classe tradutora, porque, para muitos, dois eventos em duas semanas é demais. Fazer o quê? É essa a elite tradutória.
O que eu vou fazer? Já tinha decidido ir a Porto Alegre, de uma maneira ou de outra, por motivos pessoais, e, depois de convidado para participar de uma mesa redonda, vou mesmo. Além disso, já tenho até encontros marcados lá com amigos diversos. Assunto encerrado. Vou ao evento da Gama Filho? Talvez. Mas, para mim, é fácil. O evento da Gama Filho é no Bixiga, que não fica muito fora de mão para mim. Para a maioria, entretanto, é uma escolha dura.
5 comentários:
que legal, março, mês da tradução!
a abrates pode encampar essa ideia, e institucionalizar nacionalmente "março, o mês da tradução". sério, sem gozação.
O problema é que ambos os investimentos são altos, mas para quem pode, uma opção é fazer os cursos à distância do da Gama Filho e participar do da ABRATES. No meu caso, não posso viajar para nenhum dos eventos, mas posso participar dos da Gama Filho, graças à inovação. Se bem que alguns dos meu temas favoritos cairam no presencial.
Abraços!
Denise: seria até bom para acabar com a ideia de que troço para tradutor tem que ser em setembro.
Flávia: exato O meu caso é muito especial, porque vou tirar em PoA umas miniférias muito merecidas e, de certa forma, o investimento vai em parte para o "lazer".
Nem estou dizendo que sejam caros os eventos, sei que isso custa uma fábula e não dá para fazer "baratinho". Mas é um bruto dum investimento.
pois é, danilo, aí o pessoal vai recheando os meses, e de repente tem programação direto o ano todo!
olhaí recheando maio:
http://www.unibero.edu.br/vciati/
abç
d.
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