Descobri o blog ha' pouco tempo, e desde então tenho feito constantes visitas.
Gostaria que você escrevesse um pouco sobre o mercado para os tradutores de língua não inglesa, como o francês, espanhol etc.
Abraços
Fernando
Fernando, ninguém tem dados precisos, mas, assim, de orelhada, acho que mais de 50% do mercado é de e para inglês. No segundo pelotão vem o espanhol, que tem crescido muito, depois o francês, italiano e alemão e depois as outras línguas. Há serviço, mas é pouco, salvo para o espanhol. A falta de serviço é parcialmente compensada pela falta de tradutores e há gente ganhando bom dinheiro com francês, por exemplo.
Dois problemas, entretanto: Primeiro, que fora do inglês, a possibilidade de especialização é pequena: se você faz italiano, um dia é de matemática, no seguinte e mecânica e no terceiro é metafísica. O investimento de tempo em pesquisa é enorme. Segundo que o mercado de traduções é muito pouco transparente: achar o serviço é sempre complicado e mais complicado ainda para as línguas de menor demanda. Por isso, encontrar os clientes para italiano, por exemplo, exige muita virtù e fortuna. Existem, mas são difíceis de encontrar.
Para as línguas de expressão ainda menor, a coisa complica e é importante ser realista. Há tempos, havia uma jovem que dizia pretender dedicar-se à tradução da poesia polonesa, pela qual era apaixonada. Nada contra, mas disso é difícil viver.
Obrigado pela visita e volte sempre.
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