Este meu artigo gerou um artigo do Óscar Curros que aparentemente foi tirado do ar pelo próprio autor, reacendeu a velha polêmica sobre ABRATES e SINTRA e gerou este comentário de um dos leitores aqui do blogue:
Danilo,
Sinceramente, não dá pra se entusiasmar com o SINTRA. Trata-se de uma saleta minúscula no final da Rua da Quitanda com uma única atendente. Tive a desagradável surpresa de visitá-lo. Imagina você andar no solão do Rio toda a rua da Quitanda para, finalmente, conhecer o seu sindicato e se deparar com a realidade.
Ao perguntar o que o SINTRA faz pelo tradutor, a única resposta é "o Sintra coloca o seu nome no sítio e oferece uma tabela sugestiva de preços". Tenha santa paciência, mas o SINTRA ainda precisa crescer para aparecer. Cobrar R$ 260,00 por ano para fazer isso é uma piada. Em todo o escândalo do Concurso para Tradutor Juramento do RJ, ele ficou caladérrimo e não moveu uma palha.
A ABRATES pelo menos se agitou um pouquinho nesse episódio do famigerado concurso, realiza os congressos de tradução, faz lá sua prova de credenciamento e etc.
Pronto. Desabafei.
Sinceramente, não dá pra se entusiasmar com o SINTRA. Trata-se de uma saleta minúscula no final da Rua da Quitanda com uma única atendente. Tive a desagradável surpresa de visitá-lo. Imagina você andar no solão do Rio toda a rua da Quitanda para, finalmente, conhecer o seu sindicato e se deparar com a realidade.
Ao perguntar o que o SINTRA faz pelo tradutor, a única resposta é "o Sintra coloca o seu nome no sítio e oferece uma tabela sugestiva de preços". Tenha santa paciência, mas o SINTRA ainda precisa crescer para aparecer. Cobrar R$ 260,00 por ano para fazer isso é uma piada. Em todo o escândalo do Concurso para Tradutor Juramento do RJ, ele ficou caladérrimo e não moveu uma palha.
A ABRATES pelo menos se agitou um pouquinho nesse episódio do famigerado concurso, realiza os congressos de tradução, faz lá sua prova de credenciamento e etc.
Pronto. Desabafei.
O artigo do Óscar Curros foi discutido nas listas e no Orkut. Resumidamente:
Alguns tradutores não se associam porque as entidades não fazem nada, no que têm toda a razão. Outros tradutores afirmam que as entidades não fazem nada porque os tradutores não se associam e, por isso, falta dinheiro, no que, também, têm toda a razão. É um círculo vicioso a ser rompido.
Um terceiro grupo diz que quem reclama da diretoria está sempre errado e, em vez de reclamar, deveria montar uma chapa, candidatar-se às eleições e levar a entidade avante, para ver o que é bom para a tosse. Estes, a meu ver, estão sempre errados.
Quando eu vou a um restaurante e digo que a comida está mal feita, não se espera que eu consiga cozinhar melhor. Quando eu critico o prefeito, governador ou presidente, não se espera que me candidate governe o faça um governo melhor que o deles.
Eu, por exemplo, sou péssimo administrador e, se fosse eleito diretor de uma das entidades, faria coisas horríveis, inimagináveis. Por isso que faço pela profissão aquilo que aparentemente sei fazer: escrever e falar. Alguma coisa tenho que fazer, alguma coisa temos todos que fazer, se não for uma, que seja outra. Como diz o velho samba, “quem não sabe tocar violão nem pistão toca surdo.” A história do “não tenho tempo”, essa sim é um absurdo. Se você não tem tempo para os outros, não pode esperar que os outros tenham tempo para você.
Mas o fato é que, como mencionado no comentário reproduzido acima, o SINTRA não empolga a categoria nem com ações nem com propostas ou informações. A ABRATES faz bem mais, com os congressos e credenciamentos, mas ainda falha muito no quesito informação e divulgação. Note-se que o Congresso de Porto Alegre está aí, explodindo, na praça, com uma programação cada vez mais apetitosa — mas a página inicial do sítio da ABRATES sequer menciona o evento!
Do SINTRA, nada se sabe. Não acredito, não posso acreditar, que a diretoria não se reúna, não converse, não discuta, não tenha ideias a compartilhar conosco, não tenha planos. Alguma coisa hão de estar fazendo.
Provavelmente, nenhum dos diretores sabe como atualizar uma página em html, o que é perfeitamente desculpável e fazer um jornalzinho impresso agora está fora de cogitação, pelo custo.
Mas se tivessem um bloguinho, a coisa seria simples, simples até demais. Qualquer pessoa razoavelmente alfabetizada por manter um blogue. Se até eu consigo, ora, esferas!
(Amanhã volto à Casa das Rosas — alguns dos colegas presentes à reunião me desafiam a falar sobre a Denise. Pois não perdem por esperar.)
6 comentários:
Bom dia, Danilo
Apesar de haver um tópico sobre o tema, já ficou para trás, então vou postar aqui mesmo: acabo de saber que, além dos outros dois congressos que você mencionou, também haverá o V CIATI da Unibero em maio.
Realmente é muito congresso de uma vez só.
A mensagem anterior não deveria ter saído como "anônimo". Desculpe.
Cecilia Santos (caso não dê certo clicar em Nome/URL, como tenho uma "ligeira quase" certeza de ter feito antes.
É ou oito ou oitenta. Tivemos um período assim em 1999-2000. Depois da algum tempo, ninguém aguentava mais falar em congresso e aí a turma desanimou de organizar, achando que isso de congresso não estava com nada.
O CIATI, um evento tradicional, mais voltado para o mundo acadêmico, tem um público mais que garantido entre os alunos das nossas faculdades. Costuma bombar.
Olá, Danilo,
Gostaria de confirmar que tirei do ar o artigo sobre a questão da comunicação no SINTRA e na ABRATES, pois a polêmica gerada estava derivando para questões pessoais e não era esse meu objetivo. Você me fez perceber que seria positivo escrever uma notinha no meu blog explicando isso.
Isso não significa que esteja esquecendo do assunto. Muito pelo contrário, acho que essa questão tem que ser discutida e estou preparando um novo artigo, para publicar na próxima semana.
Será interessante ler suas opiniões a respeito, que não são as minhas, como você mesmo disse.
Obrigado!
"Quando eu vou a um restaurante e digo que a comida está mal feita, não se espera que eu consiga cozinhar melhor. Quando eu critico o prefeito, governador ou presidente, não se espera que me candidate governe o faça um governo melhor que o deles."
Perfeito.
Nossa, a Jules destacou justamente a frase que eu iria mencionar e fez o mesmo comentário que eu pretendia fazer!
Então, complementando. Quando exigimos qualidade de um serviço, associação, profissional, etc. fazemos isso porque esperamos que o prestador desempenhe o papel esperado. Não dá para simplificar tudo com "então vem e faz melhor". Se as pessoas se dispõem a exercer o papel X então que façam corretamente. É claro que nem tudo é perfeito, problemas e imprevistos existem e pessoas falham. Mas é direito de quem está do outro lado esperar qualidade, bom atendimento, informação e comunicação, para dizer o mínimo. O que é cansativo é ver veias saltando e bocas espumando toda vez que uma criticazinha vem à tona. Um pouco mais de moderação e bom-senso seriam bem-vindos.
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