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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Problemas com Agências


Escreve a S:

Gostaria de ter um pouco mais de tato nesse mercado de freelas de tradução, sabe. Tenho feito alguns trabalhos, mas não sei, tenho encontrado pessoas nada sensatas... não sei se seria a maneira certa de definir isso. Talvez eu seja ingênua demais. Queria algumas dicas pra conseguir levar tudo isso de uma maneira melhor e menos dolorida, sabe? (…) Pois bem, o assunto do projeto era [X]. Honestamente, não gosto de [X], não tenho conhecimento prévio e não gosto da sensação de não poder garantir que estou fazendo um trabalho bom. (…)Segurei minha vontade de dizer desaforos e respondi cordialmente, explicando que inclusive ele estava enganado quanto a eu não ter seguido a dita instrução. Sabe Danilo, fiquei inconformada. Não é a primeira vez que algum dono de agência me trata como se eu fosse idiota. Será que é porque tenho menos de 30 anos? (…) Uma amiga minha tradutora e ela me disse que eu fazia freelas pra pessoas que não conhecia, das quais não tenho referência, por isso tinha me ferrado várias vezes. Por outro lado, ela acha que eu sou corajosa, pois vou "metendo a cara", e mesmo correndo riscos, isso pode ser bom.


O texto da S é longo e fui cortando cá e lá, como indicam os (…) além de trocar o nome do assunto de que ela não gosta por [X]. A colega teve algumas más experiências, vai ter outras no futuro, isso faz parte da vida profissional e pessoal de todos nós. Quem trabalha por conta própria precisa aprender a lidar com essas coisas e, para muitos de nós, que esperávamos simplesmente enfiar o nariz no computador e trabalhar, é um sofrimento. Outro sofrimento é aprender a lidar com a pressão. O cliente, inclusive nós, quando somos clientes dos outros, pressiona por atendimento imediato, serviço rápido e barato. Nada que ver com a juventude da S. Eu, que já passei dos sessenta faz tempo, sofro as mesmas pressões e ouço as mesmas bobagens.

A diferença é que eu só aceito ordens escritas e digo^p "não" com uma enorme facilidade. Também não argumento com cliente. Se ele disser que me instruiu para fazer tal coisa e eu não fiz, simplesmente pergunto em qual dos e-mails que trocamos está a instrução. Se o cliente disser que traduz vinte mil palavras em duas horas, eu não respondo nada.

De vez em muitas vezes, me aparece serviço com prazos incompatíveis com a qualidade. É só recusar e dizer algo do tipo "só posso fazer para o dia tal" e pronto. E uma vez dito que não dá, é manter a palavra. Sempre lembre que o cliente que pede pelo amor de deus para você fazer uma tradução enorme de um dia para outro é o mesmo que vai reclamar da qualidade no dia seguinte. Já caí nessa uma vez, não vou cair a segunda.

Mas não se amofine: com o decorrer do tempo, você se livra dos clientes malucos e só trabalha com os bons.


2 comentários:

Anônimo disse...

Comecei como tradutor a mto pouco tempo.Gostaria de arranjar mais uns clientes , como e onde posso encontra-los?
ABRAÇO

Danilo Nogueira disse...

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