Na Reunião na Sala 7 de ontem, uma participante se queixou de que um amigo lhe tinha pedido a tradução de uma longa dissertação e, quando soube que uma tradução daquele tamanho não ia sair grátis, encerrou a amizade, com a acusação de mercenarismo.
Ambos estavam enganados: ela pensava que ele fosse amigo, ele acreditava que ela fosse escrava. Uma incoerência: não se pode ser escravo do amigo nem amigo do escravo. O engano agora está desfeito. Ela agora que aprenda a distinguir quem é amigo de quem é cliente de quem é candidato a senhor de escravos. E ele que vá procurar uma escrava onde quiser. No raio que o parta, preferivelmente.
Traduzir vinte linhas grátis para um amigo é cortesia. Mas trabalhar dias e dias para traduzir uma dissertação e não receber nada é burrice.
Como dizia a Cacilda Becker, não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender.
Fim de papo.
domingo, 6 de abril de 2008
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3 comentários:
Danilo, a citação de Cacilda Becker resumiu com maestria ímpar tudo a que você se referiu.
Excelente.
E que os colegas tenham em mente esta citação (que para mim agora virou "máxima").
Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender. rs
Abraços fraternos.
Sensacional. Vive-se muito isso na revisão também. Cobrar de um amigo ou parente é sempre um momento tenso. Na verdade ainda não descobri qual a melhor forma de fazê-lo.
Abraço,
Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com
Ora nem mais.
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