O termo dica me apareceu pela frente em torno de 1970 quando o Curso Objetivo estava revolucionando o mercado de cursos pré-vestibular em SP. As apostilas estavam cheias de dicas disto e daquilo. O termo talvez fosse antigo, mas foi naquela época que se popularizou em São Paulo, ao menos.
A dica, de certa maneira, corresponde ao pulo do gato, àquela informação que faz uma grande diferença. O problema está na tendência de achar que tudo nesta vida se resume a uma meia dúzia de dicas, que estão em algum lugar e que é necessário descobrir para progredir. Rápido e rasteiro, meia dúzia de linhas em um e-mail e pronto.
As dicas originais do Objetivo vinham no meio das apostilas, em destaque. Com ou sem elas, a turma tinha que estudar feito loucos e eu me lembro disso porque um conhecido estava se preparando para medicina e vivia com o nariz nas apostilas e enchia resmas de papel com exercícios. Alguns, claro, os mais espertos, liam somente as dicas. A diferença é que meu conhecido entrou na faculdade e os espertos ficaram para trás.
É raro o dia em que não me pedem dicas, geralmente dicas de como conseguir serviço. Aliás, é disso que vamos falar na próxima Reunião na Sala 7, no dia 26 (VOLTOU!!!!). O fato é, entretanto, que não há dicas que substituam o trabalho árduo. Uma série de boas dicas pode facilitar as coisas, mas aprender línguas no nível necessário para traduzir, ingressar no mercado e viver de tradução exigem muito esforço e os que pensam que vão viver de traduzir em torno de mesas de chope na Vila Madalena podem esperar algumas boas surpresas na vida.
terça-feira, 15 de julho de 2008
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Um comentário:
Excelente dica, Danilo. Trabalhar é sempre a melhor forma de conseguir trabalhar.
A braço,
Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com
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