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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Crise, os Cancelamentos e os Descontos

Uma das pragas das épocas de crise são os cancelamentos. Você pega um serviço de, sei lá, 400 laudas por mês, fica toda feliz e, a laudas tantas, o cliente diz que o serviço foi cancelado, por causa da crise.

Exigir o pagamento total, exigir uma multa contratual? Mais fácil dizer do que fazer, e então você fica meio sem norte, sem orientação.

Esse é um dos motivos de meu terror aos serviços longos. Dão ao tradutor uma segurança falsa. Você se sente em segurança, pára de procurar clientes, perde clientes porque recusou mil serviços ou até disse "estou fora durante os próximos seis meses". De repente, recebe a notícia de que parou o serviço e tem que partir para a luta, de novo.

O pior é quando, por ser um serviço "grande e garantido", você concedeu um desconto "generoso".

Na hora do vamos ver, ninguém se lembra que o preço normal é X, você cobrou menos porque era um serviço enorme e, se o serviço foi cancelado, então você teria direito a um reembolso pelo desconto concedido. Melhor nem perder tempo tentando lembrar o cliente dessas coisas. Aprenda a lição e, da próxima vez, não conceda desconto por nada e nem comprometa mais do que 25% do seu tempo com esses "projetos longos que garantem trabalho por vários meses".

Foi assim que eu aprendi.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem é bom pode exigir sem se preocupar.

Danilo Nogueira disse...

Ah, não, não é assim, não.

Você precisa agir em duas frentes: uma delas a de competência profissional, que é se aperfeiçoar cada vez mais, para prestar um serviço cada vez melhor; a outra é adquirir competência comercial. Uma, sem a outra, não resolve o problema.

Mesmo quando estava no início de carreira, recusava muito serviço. Trabalhava como doido para aprender a traduzir melhor, a me tornar um bom profissional, mas recusava serviço, sim.

Um dos problemas da nossa categoria é achar que tem que pegar o serviço em quaisquer condições. Sempre um erro. Mas você me deu a idéia para um artigo para o blogue. A ver se escrevo amanhã, que agora, por hoje chega.

Mas não antes de agradecer à sua participação. Pode parecer acesso de falsa modéstica associado a puxa-saquismo avançado, ma qualquer blogueiro sabe que blogue de sucesso sem comentários não existe.