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sábado, 12 de dezembro de 2009

Você decide – traduzir ou não traduzir? final

Um pedido de desculpas: o blogue andou meio abandonado, esta semana, por motivos que qualquer tradutor pode adivinhar. Agora, ao trabalho!

Hoje vou encerrar o "Você Decide: o Repasse", para depois ir aos outros pendentes.

Em resumo, para mim, do ponto de vista ético, tudo gira em torno do que a repassante disse ao cliente final. Se disse que ia fazer o serviço, se apesentou seu CV e sua experiência, mas repassou o serviço, estava errada. Se deixou claro que não ia fazer mas ia procurar quem fizesse, não vejo nada de errado, embora eu próprio jamais repasse inglês e só de raro em raro repasso algo em alguma outra língua.

A porcentagem que a repassante reteve também não me preocupa em nada. Aliás, prefiro não saber. Eu quero saber quanto é que eu vou receber. Por exemplo, R$ 0,05 por palavra é pouco para mim, quer o repassante esteja retendo muito, pouco ou nada. E R$ 0,50 por palavra é bastante (agora, dezembro de 2009), também sem entrar no cômputo o que quer que o repassante tenha retido: simplesmente não vem ao caso.

O José Henrique Lammensdorf nos lembra que, em muitas situações existe o repasse do repasse do repasse e analisa as consequências. É verdade. Cada um que repassa, fica com uma fatia do pagamento e quando chega na mão do tradutor no "terceiro subsolo", o que sobra é muito pouco. Mas essa observação mais complementa do que invalida o que eu disse acima.

A tradutora Alfa, que estava no fim da linha fez bem em devolver o trabalho depois de aceito? A bem dizer, nem entendi direito se ela recusou porque ia receber só um terço do valor total ou se era por ser um repasse. Em ambos os casos, não me parece que tenha havido razão para recusa, salvo se tivesse chegado ao conhecimento dela que a repassante tinha se comprometido a fazer o serviço pessoalmente. Nesse caso, sim, existe a cumplicidade com uma mentira e isso não é bom. Mas, ao que eu tenha entendido, a posição da repassante jamais ficou clara.

De resto, se o pagamento era pouco, era pouco com ou sem repasse.

Acho que agora, podemos dar o assunto por encerrado. Amanhã, tem mais.

E muito obrigado a todos os que comentaram. Blogue sem comentário não tem graça.

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