Escreve o Paulo:
Bom, Paulo, não sei por que você não passou: não vi o teste (e, aliás, prefiro não ver). Mas não ser aprovado faz parte do jogo. Os motivos são inúmeros, desde absoluta incompetência do candidato até absoluta incompetência do avaliador e todas as outras possibilidades que você possa imaginar mais umas tantas em que você jamais pensaria.
Na minha infindável coleção de historinhas, tenho a de um cliente, uma firma de auditoria, que tinha, entre sócios e gerentes, umas trinta pessoas (naquele tempo, isso era bastante gente; hoje seria pouca). Um dos gerentes avisou a encarregada de serviços de tradução que, em qualquer caso, para ele, eu era a última escolha, porque meu texto era ruim. "Qualquer um dos outros é melhor que o Danilo".
Nunca descobri o que ele queria dizer com isso, porque nunca tive uma chance de conversar com o homem e ver a que ele objetava, o que é uma pena. Isso nos leva à conclusão lógica desta nossa conversa: o pior não é ser reprovado, o pior é não ter a mais remota idéia do motivo da reprovação.
2 comentários:
Nós somos também aprovados ou reprovados por clientes diretos, sem teste nenhum. Ao longo de mais de 20 anos colecionei clientes admiradores confessos e outros que me criticaram aberta ou veladamente. Para uns "salvei a pátria", nunca viram um atendimento tão competente e profissional. Para outros sou uma antipática careira e incompetente que escreveu Luis com S quando o correto era Z.
Isso vale também para os tempos que dei aula de inglês, em especial para a turma das 19 - 21 horas. Ouvi que minha aula era uma maravilha, tão dinâmica, verdadeiro refresco depois de um dia inteiro de trabalho. Mas também houve queixa na secretaria de aluno dizendo que era uma absurdo pagar uma fortuna por "aquela bagunça que ela chama de aula". C'est la vie.
Raquel
Aliás, para tudo, não é, Raquel? Inclusive pessoalmente: tem gente que nos adora e tem gente que nos detesta. Há, ao menos, três tradutoras que se recusam a entrar num prédio onde eu esteja — e dizem isso de boca cheia.
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