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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E a transparência?

Logo que o Danilo lançou a enquete, eu fiquei com vontade de comentar, mas resolvi esperar e ler o que as outras pessoas tinham a dizer antes. Foi uma boa decisão. Mas uma coisa estava me martelando e continua, porque não vi ninguém tocar no assunto. Tradutor A pegou um serviço da empresa B e repassou para o tradutor C, era isso, não?

A mim, pouco importa o preço do repasse. Creio que cada um aceita aquilo que acha que merece ou consegue e, uma vez aceitos o serviço e o valor, essa é uma reclamação estéril e até, conforme o caso, antiética. Acho a questão da transparência com a empresa que solicitou o serviço muito mais importante.

Se ela foi avisada e concordou, não vejo problemas. Mas e se não foi avisada? Como fica a confidencialidade do documento? Eu já peguei uma meia dúzia de textos para traduzir que só vieram ao conhecimento público bem depois da tradução. Imagina se eu repasso e isso cai na boca de quem não deve, como eu fico perante o meu cliente?

Sei não, acho que arrumar cliente hoje é tão difícil, manter também, com tanta oferta de mão de obra... que eu é que não vou me arriscar a perder um numa bobeada dessas.

Um comentário:

Silvia disse...

No meu comentário à enquete, disse exatamente isso: transparência é essencial. Se houvesse transparência no caso relatado, não teria dado confusão.

E, de fato, ficamos sem saber se o cliente estava ou não a par do repasse.