Temos muitos colegas que brigam por unidades de medição do trabalho: cobram por, digamos, lauda e ficam furiosos se o cleinte quer pagar por palavra do original. Tenho uma abordagem diferente: deixo o cliente definir a unidade de medição (lauda, toque, palavra do original, Normzeile, o que diabo seja) e ajusto minha tarifa como necessário. Já, inclusive, falei disso aqui.
Para clientes finais, muitas vezes coto preço fechado. Faço lá minhas contas e digo, "para traduzir o docuemnto X, tantos reais". Agências não gostam desse tipo de cotação, mas os clientes finais muitas vezes preferem. Alguns deles acham que, assim, obtêm um preço mais baixo, o que, no meu caso, não é verdade.
Às vezes, quando é difícil quantificar o trabalho, a gente faz um acerto que, no fundo, é o mesmo do preço fechado: combina-se um tanto por hora, mas com um limite de umas tantas horas. Quer dizer, se eu me comprometo a fazer um serviço a USD 50 por hora e não exceder 4 horas, estou, evidentemente, cobrando um máximo de USD 200 por ele. É, na verdade, um preço fechado, porque a gente acaba semre cobrando o máximo.
Mas um dia, depois de eu cotar um preço fechado, o cliente me perguntou de quantas horas eu iria precisar. Num instante, percebi qual era o objetivo: dizer que meu preço por hora era alto e que eu tinha de dar um desconto. Sabe aquela história do "por esse preço por hora, vou ser tradutor também"?
Então disse que esse dado era confidencial e nada me demoveu da posição. Um absurdo.
Ele argumentou mil coisas, que era praxe da própria firma dele cotar por número de horas (verdade, mas mentiam adoidado), que ele precisava de um parâmetro de comparação com o preço dos meus concorrentes (já tinha: era o preço fechado) e mais um trololó sem fim. Mas não cedi. Se ele queria um preço por hora, deveria ter pedido antes.
Amanhã, voltamos ao assunto. Por hoje é só.
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