Mudamos para www.tradutorprofissional.com

domingo, 10 de dezembro de 2006

Domingo e eu aqui

Domingo e eu trabalhando. Trabalho por conta própria, algo que geralmente causa inveja em meus conhecidos que "têm que bater ponto". É, de fato, muito bom. “Ir para o escritório" significa atravessar um hiato de cinco metros que separa o escritório da cozinha. Não ter de encarar o trânsito na Grande São Paulo já é uma bênção. E trabalho vestido como quero, o que também não é pequena vantagem. E ouço a música que quero ouvir, o que também não é de se desprezar.

Conheço um escritório onde o pessoal se divide em turmas do rock, da mpb e da sertaneja, o que significa que, em qualquer momento, dois terços do pessoal estão irritados com o que ouvem. Eu simplesmente mudo de estação ou toco um CD. Maravilha.

Por outro lado, trabalha-se muito e, você pode ter certeza, toda sexta-feira tem serviço novo para a segunda. Tirar férias é difícil, livrar-se da família que raramente entende que você trabalha e que está ocupado e que não pode parar um instantinho só para receber a tia Robustiana que veio de visita, coitada, que é tão boa para você e sempre te recebia de braços abertos quando você ia passar as férias lá.

A turma, muitas vezes, reclama. Eu me acostumei e nem ligo mais: faço o que gosto, gosto do que faço e, como isso, ganho o meu pão e o presunto também. Mas, se você quer ser tradutor e pensa que vai pegar um “nove-às-cinco” maneiro, provavelmente vai ter uma desilusão. Há, de certo, muitos empregos de tradutor em escritórios de tradução e mesmo empresas que não têm nada que ver com tradução. Mas esses, de vez em quando, ou de vez em freqüentemente, ou até de vez em sempre, acabam pedindo para os tradutores darem uma esticadinha ou terminar um servicinho em casa. E, claro, você ainda tem que enfrentar o trânsito. E vestir algo de decente para ir ao escritório. E agüentar a música.

Por hoje, é só.

2 comentários:

Anônimo disse...

Também traduzo em casa, o que para mim tem mais uma vantagem: trabalhar descalça. Adoro!
Stella

Anônimo disse...

O melhor é trabalhar sem camiseta e de samba-canção. Único problema é que a família, realmente, nunca entende o seu trabalho.
Vinicius