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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

De intermediários e intermediação

Alguns incidentes de que tomei conhecimento nos últimos dias me fazem voltar ao assunto da intermediação e intermediários.

Vamos ver se consigo ser claro. A Grande Empresa S/A precisa de uma tradução e consulta X, quer resolve aceitar o serviço e repassar ao Tradutor A. "X" pode ser qualquer coisa desde um pequeno tradutor iniciante que opere como pessoa física até uma megaempresa de traduções, com escritórios em diversos países. Tanto faz: uma vez que aceite um serviço para repassar a mais alguém, X se torna um Intermediário.

Por que X resolveu intermediar? Primeiro, porque espera ter lucro com isso; segundo porque quer impedir que a Grande Empresa S/A estreite relações com outro prestador de serviços de tradução, que pode ser um outro Intermediário, ou um tradutor independente, por exemplo, o Tradutor A. Isso cria uma situação anômala: o Intermediário é, ao mesmo tempo, cliente e concorrente do Tradutor A.

Cria, também, para o Intermediário, uma dupla responsabilidade: a Grande Empresa S/A vê o Intermediário como fornecedor, o Tradutor A vê o intermediário como cliente. Com a Empresa, o Intermediário assume o compromisso de entregar o serviço no prazo ajustado; com o Tradutor, o Intermediário assume o compromisso de pagar pelos serviços no prazo ajustado.

É aí que bate o ponto, como se dizia antigamente. É comum o Tradutor não receber no prazo ajustado. O Tradutor grita calote!, o intermediário grita calúnia! e alega que não recebeu do cliente e, portanto, não pode pagar.

... mas esse não é o caso pior. Entretanto, do resto falamos amanhã, que por hoje é só. Obrigado pela visita. Se gostou do blog, divulgue, se não gostou, me escreva descendo a lenha.

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