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sábado, 3 de fevereiro de 2007

Vida de tradutor

A Internet facilitou tudo, dizem. Antigamente, era eu e meus dicionários, agora é eu e o mundo. Ontem, tive uma dificuldade terminológica e consultei, via Internet, milhares de tradutores ao mesmo tempo.

Com a Internet, deixei de morar num subúrbio de São Paulo, que muita gente nem sabe onde fica, a despeito do fato de que o Lula mora do outro lado da mesma cidade: agora moro na Internet. Outro dia tinha uma colega comentando na Tradutores/Intérpretes BR, uma das poucas comunidades do Orkut que serve para alguma coisa, que uma das primeiras coisas que aprendeu lá é que hoje moramos na Internet e ela, que mora no nordeste, tem as mesma chances que eu, que moro na Grande São Paulo. Aliás, essa é uma comunidade administrada, sem spam nem a oferta do vídeo da mulher pelada. Não deve ser confundida com outras, que estão algo superabandonadas, se me faço claro.

Esse é o lado positivo.

O lado negativo é que a Internet transformou nossa vida em uma roda viva: os textos voam para cá e para lá, em formato eletrônico, e os prazos estão cada vez mais curtos. Às vezes, dá tudo certo, mas outras vezes a coisa se complica, principalmente em épocas de muito serviço, quando um serviço demora um pouco mais que o previsto – e tradução está sempre sujeita a chuvas e trovoadas – acaba atrasando o seguinte, que atrasa o próximo que atrasa o da frente... causando um engavetamento fenomenal que a gente só resolve trabalhando feito doido e rezando para ter uma folguinha entre dois prazos que possa absorver os atrasos. É nessa situação que me encontro no momento: veio uma montoeira de serviços ao mesmo tempo e um deles deu uma atrasada. Desgraça feita.

Por isso, nem dá para postar meu "artigo do dia" hoje, embora, de certo modo, o que você leu até agora já seja um artigo. Paciência. Volte amanhã que, se eu ainda estiver vivo, a gente conversa de novo.

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