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segunda-feira, 5 de março de 2007

Uma questão de ética (continuação)

A Stella deixou, aí embaixo, como comentário, um famos trecho de Paulo. Sou agnóstico, mas considero o trecho pertinente. Entretanto, o assunto é mais complexo do que poderia parecer a princípio.

Vamos voltar ao nosso caso, do site que incluia pedofilia. Você devolveria o texto? Na discussão, um colega diz que tradutor é como médico, que trata de você sem precisar saber quem você é.

Em termos, em termos, diria eu. Por exemplo, se você fosse cirurgião plástico e aparecesse um sujeito qualquer e dissesse: quero que você mude minha cara completamente, você aceitaria, faria sem perguntar nada? Pois é, eu não. Porque, ao mudar o rosto do paciente, eu o estaria ajudando a "sumir" e, se ele quer sumir por algum motivo menos limpo, não quero ser cúmplice. Quer dizer o por que? é extremamente importante.

Se eu tivesse a encomenda de traduzir um site sobre pedofilia, antes de aceitar, ia querer saber quem quer aquilo para quê. Se fosse o dono do site, não, obrigado. Por outro lado, se fosse o Ministério Público precisando de subsídios para instruir uma ação contra pedófilos, eu era capaz de fazer até de graça.

Um dia ainda volto ao assunto. Por hoje, é só. Até amanhã e não se esqueça da Reunião na Sala 7.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Danilo,

Não é bem um comentário que desejo fazer, mas uma pergunta. Estou entrando agora no "mercado da tradução" e não sei muito bem como funciona a questão dos direitos autorais. Se traduzo uma obra de um autor que esta vivo e que 'vendeu' o livro para uma editora brasileira traduzir, o tradutor recebe algo de direito autoral ou não? Em quais casos ele receberá alguma coisa?
Desculpe a pergunta.
Obrigado