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quinta-feira, 12 de março de 2009

Tradução automática (3)

Essa história de tradução automática vai dar ainda muito pano para mangas, mas não quero abandonar o assunto sem as devidas conclusões.

Em vez de rir às gargalhadas com as coisas esquisitas que a tradução automática faz, é mais sensato entender as suas limitações, para depois poder fazer bom uso do recurso. A tradução automática tem dois tipos de limitação: uma quantitativa, outra qualitativa.

Quantitativamente, o valor da tradução automática é inversamente proporcional ao tamanho do período. Quer dizer, quanto mais longo o período, pior a tradução automática. Teste, po exemplo, usando qualquer um desses sistemas grátis da Internet, a tradução de frases curtas, de até umas dez ou doze palavras e veja que a maioria das traduções variam de "correta" a "aproveitável com uma acertadinha". Depois de umas dez palavras, começa a degringolar.

Qualitativamente, o problema está em que a tradução automática é um sistema passivo. Mesmo os sistemas mais modernos, baseados em toneladas de alinhamentos de textos, são fechados. Quer dizer, o sistema só contém as informações que alguém adicionou lhe deu. Então, se ninguém informou o sistema que "garlic" quer dizer "alho", o sistema não vai pesquisar nem em dicionários nem na Internet nem perguntar a um colega. Vai simplesmente deixar no original. Esta limitação tem alguns corolários, que vamos deixar para amanhã. Por hoje, é só. Acho que subestimei este assunto. A trilogia vai dar uma pentalogia. O contrário daquela famosa história dos quatro evangelistas, que eram três: Esaó e Jacu.

Espero que você tenha gostado. Se não gostou, veja o artiguinho abaixo, mas um sobre "desaforos".

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