Neste artigo e em mais alguns que pretendo escrever sobre o assunto, vou dizer um pouco do que sei, o que é muito menos do que poderia e deveria ser tido, porque não sei tudo. Vou também dar lá as minhas opiniões, que não passam de meras opiniões, quer dizer, são todas sujeitas a chuvas e trovoadas.
Vamos começar pelo câmbio. Nosso mercado sofreu uma mudança radical com a Internet. Até então, era totalmente isolado do mercado mundial; hoje, faz parte integrante dele. O mercado começou a se internacionalizar ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, com o dólar a coisa de um real e uma montanha de serviço derivado das privatizações. Naquela época, nossas tarifas brasileiras eram altíssimas em relação às americanas e várias agências foram procurar brasileiros que moravam nos EUA para traduzir, porque a tarifa americana era mais baixa que a nossa. O pessoal que, aqui, traduzia para o inglês, então, perdeu grande parte da clientela.
O fluxo de trabalho se inverteu com a queda do real e, no devido tempo, os nossos colegas que moram nos EUA, perderam clientes para os que moram no Brasil, o que gerou muitas críticas azedas e algumas quiçá um pouco descorteses.
Neste século, aumentou barbaramente a demanda por traduções para o português nos EUA e, com a queda do real, muitas agências brasileiras e mesmo tradutores independentes começaram a viver quase que exclusivamente de pegar serviços enormes nos EUA para repartir por aqui. Com a violenta queda do dólar (ou ascensão do real, como queiram), esse pessoal entrou em profunda crise.
Amanhã, falamos mais nisso tudo. Por hoje, é só. Agora, dê um pulo aqui http://www.aulavox.com/eventos/textoecontexto/index.htm para saber mais sobre o curso de Trados de sábado que vem. Obrigado pela visita e volte sempre.
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