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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Edição Extra: O Dia em que fui Reprovado

Escreveve a Maria Fernanda

Danilo, você acredita que um tradutor de texto-para-texto, muito bom na leitura e escrita da língua inglesa (e portuguesa), porém, pouco hábil com o aspecto oral da língua estrangeira, tem uma formação deficiente?

Pergunto isso porque alguns cursos de tradução fazem provas orais, via telefone, para selecionar alunos que só querem trabalhar com texto. Eu, como ainda tenho muito a aprender em termos de pronúncia e compreensão oral, fico na dúvida se seria uma boa tradutora sem estas outras habilidades bem desenvolvidas. O que você acha?


Vou responder contando mais um causo: quando a Associação Alumni abriu o curso aqui em SP, eu prestei o exame de qualificação e fui redondamente reprovado pela minha hoje grande amiga Ângela Levy, porque meu inglês audio-oral não dá para o gasto e, pelo menos naquela época, o curso era de tradução e interpretação. Até hoje rimos disso e até hoje meu audio-oral é um nojo: falo pouco e entendo menos. Como intérprete, até já fiz uma que outra cochichada, pelo meu conhecimento da área de finanças, mas, de modo geral, seria um fracasso. E, quando vou aos EUA, tenho amigos que me servem de ajudante, porque pedir comida em restaurante americano é demais para mim.

Já dei cursos em inglês por lá, mas os participantes estavam acostumados com sotaques brasileiros e não davam muita bola para o meu. Não obstante, como tradutor de texto para texto até que não me dou mal.

Aliás, tradutor pode ser gago, fanho, ter voz de taquara rachada, ter língua presa e até surdo-mudo, que não faz a mais remota diferença.

2 comentários:

denise bottmann disse...

e tinha o josé paulo paes que dizia: "sou surdo-mudo nas línguas que traduzo" :-)

Anônimo disse...

Danilo, muito obrigada pela atenção! Adorei saber de sua experiência e, de certa forma, me deixou menos ansiosa. Obrigada mesmo! Como sempre, muito solícito.

PS: Sem querer, você descobriu o nome que eu teria se minha mãe tivesse convencido meu pai. Acabou ficando só Fernanda mesmo, mas não é que Maria Fernanda não caiu mal nestes tempos de identidade secreta virtual?

Um abraço, Fernanda Barbosa.