Às vezes, me falta assunto para o blogue e tenho que escarafunchar a cabeça a ver se acho algum causo antigo que valha a pena comentar. Curiosamente, muitas vezes são esses causos empoeirados que atraem o maior número de comentários. Mas hoje, há excesso de assunto. Já tinha a série sobre música, que está me fazendo coçarem os nervos, agora temos também as numerosas ideias saídas da magnífica jornada na USP ontem.
Sou um crítico acerbado de certo tipo de oba-oba intelectual em que gente mentalmente confusa discorre ensandecida em discursos maçantes sobre ideias abstrusas que não entendeu direito para um auditório sonolento e embasbacado, mas que não se furta a aplaudir, por medo de que alguém note que não entenderam nada. Por isso, sempre achei que "A Roupa Nova do Rei" de Hans Christian Andersen deveria ser leitura obrigatória em todos os anos e séries de todas as escolas do mundo — embora temo que algum doido faça uma análise do pobre conto segundo as últimas modas intelectuais e destrua aquela joia.
Mas a Jornada de ontem foi tudo o que de melhor se poderia esperar. A maior prova era a manifestação de tristeza da plateia quando a moderadora avisava um dos palestrantes que estava na hora de terminar. Vimos Luciana Carvalho e Reynaldo Pagura saltarem slides e mais slides de suas apresentações, porque os vinte minutos de estilo eram insuficientes e vimos, embora de passagem, o conteúdo de vários desses slides descartados — e vimos que eram suculentos. Era óbvio, também, que os outros palestrantes tinham também mais o que dizer.
Paciência. Antes assim do que gente olhando o relógio, para ver quando tempo ainda vão encher linguiça.
Durante os próximos dias, vou comentar e analisar aqui algumas das ideias expostas ontem, alternando com artigos sobre música e outras novidades. Não vai faltar assunto durante um bom mês.
Até amanhã.
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