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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

TJ

Eu estava aqui, meio de bobeira e sem sono, resolvi dar uma olhada na nova edição do TJ. Sim, tem mais um artigo nosso (muito mais do Danilo do que meu, eu mal toquei nele), e vou dar o link daqui a pouco. O que me chamou a atenção foi outra coisa.

Alguém aí já ouviu falar de Pimpi Coggins? Eu, nunca, antes de hoje. Ela foi convidada a contar sua história de tradutora na 50ª edição do TJ. Comecei a ler, e escreve bem, a mulher. Mas, de repente, me senti relendo coisas. Vejam se vocês já leram algo parecido:

"Learning and investigating what different programs can do to improve our work shouldn't scare us. Believe it or not there are still some people who use the computer as a glorified typewriter, while others refuse to accept new technology. It took me three years to convince a very close friend of mine to buy Trados. Today, even though he doesn't use it to its full potential, he won't even translate a short sentence without it. Learning new things is not easy, but it is a necessity in our industry and keeps our mind from stagnation." (o Danilo tem uma história igualzinha, igualzinha, mas com Wordfast, se não estou enganada.)

"...the camaraderie among translators is vital to maintain your sanity. Knowing that if you have to work until the wee hours of the morning, Messenger will be by your side. To be able to reach a friend who will assist with a word or phrase, to know that there is always someone out there who is willing to extend a helping hand in the middle of the night. Priceless!"

"Other profiled translators before me have already mentioned the importance of becoming active in professional associations, and I could not agree more."

Algumas coisas aí me parecem puro Danilês. Outras, já ouvi de outros profissionais bem-sucedidos. Eles estão todos aí, entregando o ouro para nós, que estamos começando. Creio que são as três dicas que mais li até hoje para os iniciantes de tradução:

1. Conheça as tecnologias ao seu dispor. Estão aí para ajudar, aumentar seu rendimento, e consequentemente, seu ganho. Sim, custam caro. Mas quem quer ganhar mais deve estar disposto a gastar mais. Eu, por exemplo, fiz um empréstimo gigante, para as minhas possibilidades atuais, mas aproveitei a promoção do MemoQ (50% de desconto!) e ainda me dei um note, para poder trabalhar em minhas viagens.

2. Mostre-se. Não adianta resolver virar tradutor e não contar para ninguém. Vá a seminários, conferências, torne-se um membro de associações sempre que puder. Participe de fóruns na internet, ajude outros tradutores. Tudo isso é vitrine. Não pense que orkut e twitter são brincadeiras de adolescente, porque não são só isso. Tem muito trabalho rolando nessas redes sociais. Muito mesmo.

3. Mantenha contato com outros tradutores. A era da solidão se foi, acabou, e enquanto houver internet, ela não volta. Alguns vão te pedir ajuda, outros vão te ajudar, outros vão virar amigos de trocar receitas, nomes de médicos e dicas para acalmar filho de visita. Mas, quando bater aquela solidão, ou aqueles terrores de prazo curto, de branco, de não conseguir encontrar uma tradução decente, sempre vai ter alguém ali para ajudar. Isso dá um conforto que eu não consigo descrever.

Tem algumas outras, sempre repetidas, mas creio que a Pimpi falou das principais, aqui.

Não me esqueci: nosso artigo do TJ, sobre plágio, está dando o que falar.

2 comentários:

Marina Vilela disse...

Já li muito o Danilo falando de Trados, Wordfast, etc. E no meu curso de legendagem aprendi também sobre o Subtitle Workshop. Pode parecer bobagem minha, mas como ex graduanda de Design Gráfico eu aprendi a ter uma paixão irracional pelo Mac. Queria saber se esse tipo de programa de tradução e legendagem estão disponíveis também para Mac ou se com essa minha mudança de carreira eu vou ter que desistir do sonho de ter um Mac e ficar com o PC nosso de cada dia?

Outra dúvida é sobre como tirar o máximo desses programas. Eu nunca mexi em nenhum deles, não sei nem que cara eles têm. Para aprender vale a pena correr atrás de cursos (existem cursos?) ou tutoriais pela internet servem (onde encontrar?)? Ou será que apenas fuçando eu consigo aprender?

Adoro o blog. Cada vez que venho aqui aprendo um pouco mais sobre esse mundo que eu me meti. Obrigada.

Kelli Semolini disse...

Marina, tem bastante gente que usa Mac, sim. Muita coisa, você sabe, roda só em Windows mesmo, mas não é nada que um Parallels da vida não resolva. A Val, do http://traducaoviaval.blogspot.com/, por exemplo, é uma Macqueira convicta.

Para aprender a lidar com CAT Tools tem cursos, tem manuais nos respectivos sites, tem apostilas dos mais conhecidos, tem fóruns e listas para tirar dúvidas. Algumas empresas, como a Kilgray, do MemoQ, oferecem Webinars, onde explicam como os programas funcionam. Existem N maneiras de tirar suas dúvidas.

Quanto a aprender fuçando, o primeiro é mais difícil. Depois que você acostuma com um, os outros ficam mais fáceis, também.