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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Causo Relampo

Um casinho relâmpago, só para não dizer que não postei nada hoje.

Rapaz pergunta se eu posso fazer uma revisão técnica de uma tradução dele e quanto cobraria pelo serviço. Cotei meu preço. Ficou furioso: "É mais do que eu vou ganhar pela tradução!"

Quem mandou cobrar pouco?

Tradutor reclama que ganha pouco e, quando subcontrata serviço para outro, acha que o outro deve cobrar menos ainda. Querem "preço especial para colega". Não faço e pronto. Minha posição: o cliente que quiser o meu serviço, tem que pagar o meu preço. Se eu fizer um "preço camarada" para um colega poder cobrar baixo e ainda ganhar algum, indiretamente estou vendendo o meu serviço ao cliente por preço baixo.

Faz sentido?

5 comentários:

Felipe disse...

Hoje na aula de Teorias da Tradução discutimos um pouco sobre o assunto da desvalorização do tradutor, mais ligado ao contrato de cessão de direitos autorais, e nos perguntamos o que aconteceria se todos os tradutores consagrados deixassem de assinar um contrato por essa cláusula. Chegamos à seguinte conclusão : Nada. A classe não é unida nem para manter um preço alto o suficiente, o que dirá para manter-se uma posição frente aos "exploradores".

Regina disse...

Participei de um "leilão" de tradução e o resultado, no meu ponto de vista, foi um absurdo total.
O projeto era a tradução de 5000 palavras de um texto não técnico. Os participantes deveriam dar seu lance para fazer o serviço.
Até onde acompanhei o processo, foram feitos 70 lances que variavam de R$ 70,00 a R$ 2500,00.
Como pode alguém cobrar 70 reais para fazer um trabalho que o outro cobra 2500,00?
Realmente é uma profissão difícil...

Danilo Nogueira disse...

Mais tarde vou postar um artigo com comentários sobre o que vocês escreveram.

Felipe, onde você estuda?

Felipe disse...

Estudo na UNESP de São José do Rio Preto.

Danilo Nogueira disse...

Ah, sim, conheço. Estive várias vezes aí, no plistoceno. Bom lugar.