Este artigo é continuação do artigo do mesmo nome, aqui abaixo.
A minha colega tem carradas de razão, mas detesto terceirizar, não importa o nome que se dê ao processo. Terceirizar me obriga a assumir mais obrigações administrativas, o que não quero. E tem as responsabilidades: perante o colega, sou responsável pelo pagamento; perante o cliente, sou responsável pela qualidade da tradução. Se eu pedir a um colega que faça uma tradução por mim, vou me sentir na obrigação de revisar – e revisar toma tempo. Além de tomar tempo, se o texto tratar de um assunto que não conheço, é bem possível que eu não consiga fazer uma boa revisão.
Tudo isso toma tempo que eu poderia usar para traduzir, que é o que gosto de fazer. Sem falar na dor de cabeça.
Tem, também, a questão dos impostos. Ou peço nota ao colega, ou trabalho “informalmente”. Se for um negócio informal, não tenho como dar saída na despesa e vou pagar uma fortuna de imposto de renda, porque o cliente faz absoluta questão de nota. Se pedir nota ao colega, ambos vamos ter que pagar ISS, que é cumulativo. Se o colega me der um RPA, então, é um Deus-nos-acuda. E tem mais uma porção de outras coisinhas.
Quer dizer, o custo de repassar um serviço a um colega é alto, bem mais alto do que se pensa e geralmente, bem mais alto do que a comissão que o colega consideraria “justa”.
Volto ainda ao assunto, que, a rigor, não tem fim. Espero que você tenha gostado. Deixe seu comentário e volte sempre.
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