Jamais repasso trabalho a terceiros. Se não puder fazer, porque o prazo é curto demais, porque o assunto me escapa, ou porque exige uma língua que não conheço, recuso o serviço. Às vezes, recomendo um colega, quando conheço alguém com o tipo de competência apropriada.
Tenho sido muito criticado por esse procedimento. Uma colega e amiga diz que aceita tudo o que lhe mandarem, faz o que pode e repassa o resto a algum colega. Diz ela, e não se razão, que, dessa forma, atende o cliente e direciona o serviço para um tradutor cuja capacidade ela conhece. Agrega que se meramente recomendar o colega, como faço eu, existe uma grande possibilidade de o cliente enviar o serviço a alguém diferente do indicado e até, com perdão da palavra, a uma agência.
Quando repassa serviço, a minha colega retém uma porcentagem, como reembolso pelo tempo gasto em contatos e conversas, tempo que ela normalmente estaria usando para fazer traduções remuneradas. Diz que ficaria satisfeitíssima se eu repassasse a ela as minhas sobras de serviço, também retendo uma taxa de repasse, ou como quer que se prefira chamar a diferença entre aquilo que o cliente final paga e o que o tradutor recebe.
É uma discussão interessante, com ramificações importantíssimas, à qual pretendo retornar amanhã e, creio eu, em diversos outros artigos.
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Um comentário:
Danilo:
Muito interessante a postura da colega. Facilita a intercomunicação nossa, já que, via de regra, trabalhamos isolados.
O difícil na nossa área, principalmente paqra quem começou há pouco, é encontrar aquela pessoa certa e competente para aquele tipo de texto.
A "terceirização" com a retenção de uma porcetagem é justa e pode ampliar nossos contatos. Depois vem a troca: eu repasso para você, você repassa para mim, nós repassamos a um terceiro, esse terceiro nos envia alguém e o círculo se amplia. De contatos e amizades.
Stella Machado
Juiz de Fora, MG
(Não tem importância publicar meu nome. Usei-o porque não tenho blog ainda.)
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