Este artigo é continuação do anterior.
Revisar é tarefa árdua e exige uma atenção enorme e conhecimento de mil coisas. Mas poucos são os clientes que gostam de pagar revisores, essa é a verdade. Então, vêm com o velho golpe do “João sem braço”, pedindo para “dar uma revisada, ver se tem alguma coisinha”. Isso não existe. Ou você revisa ou não revisa. Se revisar, cobre e faça direito. Aceite “dar uma olhada” e pode ter certeza de que, depois, todos vão dizer que você fez serviço porco.
Outro problema para quem faz revisão de originais é o hábito, que se instala no exterior e no Brasil, de usar proofreading assim, meio que “sem querer, querendo” para uma única fase de trabalho, após a tradução, que deveria ser o editing, no caso de termos um trabalho que vá ser entregue sem diagramação especial. O velho truque de procurar minimizar o trabalho necessário, para obter um desconto.
Proofreading é leitura de provas de impressão, de trabalho diagramado depois de revisto, jamais a revisão do que acaba de ser entregue pelo tradutor.
Se cada um fizer seu trabalho direitinho, o revisor de originais trabalha mais depressa que o tradutor e o leitor de provas mais depressa que o revisor. Isso significa que o preço por palavra (ou lauda, ou o que for) cobrado pelo revisor de originais é menor que o cobrado pelo tradutor e o preço do leitor de provas é ainda mais baixo. No fim do dia, como as produções são diferentes, deveriam ganhar todos a mesma coisa.
Amanhã, termino esta história de revisão. Espero que gostem. Os comentários são bem-vindos.
2 comentários:
Prezado Senhor,
Existe algum curso ou manual sobre o Proofreading que possa ser gravado; gratuitamente, pela internet com a finalidade única de pesquisa?
Caso sim, por gentileza, enviar possíveis endereços à:fernandoluiztavares@hotmail.com
Um abraço, Fernando Tavares.
Não que eu conheça.
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