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terça-feira, 28 de novembro de 2006

Wordfast, Trados, DéjàVu, StarTransit (2)

(Veja a parte inicial deste artigo mais abaixo)

O curioso é que tem gente que acha que vai virar tradutor com um programa desses. O sujeito baixa um demo do programa, entra na lista de usuários e depois reclama que o programa não faz nada. Não faz mesmo. Ajuda a fazer mais e melhor, mas não faz nada. Essa é a realidade. É programa para quem sabe traduzir.

Outros, pegam o demo e perguntam onde é que a gente baixa as memórias. Um dia, eu estava a fim de zuar e respondi assim:

  • There are no downloadable memories.
  • If there were, they would be password-protected.
  • If they were not password protected, they would cost a fortune.
  • If they did not cost a fortune, they would not be in your language pair.
  • If they were in your language pair, they would not be in one of the areas you work with.
  • If they were in one of the areas you work with, you can bet your sweet behind that they would be full of errors.
  • If they were not full of errors, they would use terminology that your most important client finds unacceptable.
Life is hard, pal, and the world is far from fair, but that is the way it is. Let's be brave and face it.

Aliás, é por isso que os programas são bons: porque potencializam a capacidade de cada um de nós. Em outras palavras, se você for bom de tradução, com um desses programas vai ficar melhor ainda. Se for ruim, vai fazer bobagens nunca vistas.

É certo que, de vez em quando, o cliente (geralmente uma agência) tem uma memória e obriga a gente a trabalhar com essa memória. A memória pode ser boa e pode não ser. Quando não é, a encrenca é grossa, mas isso já é assunto para outro comentário.

Por hoje é só. Espero que tenha gostado. Se gostou, deixe um comentário dizendo que gostou e volte amanhã, que tem mais. Se não gostou, deixe um recado metendo o pau e volte amanhã, para ver se melhorou.

3 comentários:

Anônimo disse...

Danilo,
Tenho um comentário, mas não é exatamente sobre o assunto em pauta. Poderia tê-lo incluído nos Falsos Cognatos, mas deixo-o aqui numa postagem mais recente.
Trata-se de uma opinião minha sobre um email muito divulgado. Espero não estar faltando com a ética, mas quero expressar minha divergência, para não usar outro termo.


Como aprender a escrever 400 palavras em Inglês em apenas um minuto..., etc. --- (O resto vocês já conhecem.)

Certamente a maioria já viu este texto. Enviei aos amigos o seguinte comentário:

"Vamos pensar juntos um pouco:
Adianta aprender um vocabulário tão grande, obviamente latino, sem saber empregá-lo ao menos numa frase? Honestamente, prefiro um vocabulário menor que a pessoa saiba usar porque, segundo os linguistas, o que distingue uma língua de outra não é o vocabulário, mas a estrutura. O exemplo do email mostra isso bem com relação ao vocabulário exemplificado.
Lembremo-nos de que a estrutura do inglês é muito diferente da nossa.
E decorar 400 palavras em um minuto, acho meio difícil. É melhor ir devagar, já aprendendo a usar frases mesmo que sejam curtas, aprendendo a se comunicar. O vocabulário vai chegando aos poucos e se fixando. É isso o que vale no aprendizado de línguas.
Stella Machado

PS para os amigos:
Velocity tem emprego específico, pois velocidade em inglês é speed. E city é cidade grande, tipo Rio, Brasília, São Paulo, só para citar as nossas. Nossa JF é town mesmo e não adianta chorar.
Idade seria "ity"?

Falar outra língua é adquirir um modo diferente de pensar. Nem todos os povos têm a mesma necessidade de expressão, donde surgem muitas dificuldades de entendimento, tanto orais como escritas. Na tradução, nem se fala...

--
Stella Machado"

E tenho dito, Professor Danilo!

Anônimo disse...

Posso confessar minha inguinorãnssa?
Que é memória, em se tratando de programa de tradução?

Stella Machado

Anônimo disse...

Colegas, vejam:
http://www.lemonde.fr/web/article/0,1-0@2-3244,36-860525@51-824668,0.html

Ainda tenho minhas dúvidas...
Stella Machado