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sábado, 11 de novembro de 2006

Comentários da semana

A Luciene Lima comenta

Puxa, quanto tempo para se abrir um concurso [para TPIC], não? E será lícito que um tradutor que more no Rio de Janeiro, por exemplo, preste concurso para tradutor juramentado na Bahia e, se aprovado, exerça tal função no Rio de Janeiro? Obrigada!

Luciene, é necessário comprovar residência para ser nomeado. Quer dizer, você só pode ser nomeada na Bahia se tiver residência na Bahia. Depois, se mudar para o Rio ou outra cidade, pode pedir transferência. Dizem que alguns dos nomeados no último concurso em São Paulo de repente decidiram mudar para outros estados, causando, digamos, certa curiosidade. Mas o problema principal, creio eu, é que muita gente espera que a nomeação como TPIC lhes traga pronta segurança financeira e isso, pode ter certeza, não é verdade. É um título, é mais uma porta, mas não é nenhuma solução maravilhosa.

Lembre, por favor, que eu nunca prestei o concurso e que, por isso, nem de longe se possa dizer que estou dizendo essas coisas para desencorajar a concorrência.

O Fabio M Said diz, entre outras coisas,

Discordo que o exercício de tradução de autor brasileiro para um idioma estrangeiro seja absolutamente inútil. […] pensando bem, faz sentido, pois na tradução do vernáculo para idioma estrangeiro o aspirante a tradutor é obrigado a pensar mais criticamente a sua própria cultura para poder verter seus elementos para a cultura alheia. Porém, é horripilante constatar que seja exigida versão literária em um concurso para tradutor público, como aconteceu no último concurso na Bahia.

Fabio, mas é o que eu disse no meu artigo. Só serve para ter uma visão mais aprofundada do português, a partir de um ponto de vista mais distanciado. Dê uma olhada que você vai ver. O problema é que essa visão exige do professor um posicionamento que, no caso que eu mencionei, não existia. O professor pediu a tradução porque achava o autor interessante e nunca explicou aos alunos que a possibilidade de eles traduzirem literatura brasileira para o inglês era praticamente zero. Quanto à versão literária em concurso para juramentado, concordo com você plenamente.

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