quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Aniversário
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Feliz aniversário, vovô Smurf!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
TPIC no RS - Capítulo 2
Além de agradecer ao Guilherme pela cortesia de me dar o aviso, é hora de aplaudir a JUCERGS, que fez as coisas civilizadamente. Se todos fossem assim, este seria um mundo melhor.
Pretendemos, Kelli e eu, ir a Porto Alegre em março, para o tal do congresso da ABRATES. Quem sabe, vamos ter a possibilidade de cumprimentar os aprovados.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
TPIC no RS
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Lo de siempre
(O título original estava errado. Corrigi, depois de lembrado pelo comentário abaixo, mais por cortesia aos hispanófonos do que para "mostrar que sei espanhol", porque não sei mesmo.)
Oficinas de Tradução com Lia Wyler - aprenda com quem sabe
Conheço a Lia há muitos anos e estive em uma palestra dela na USP o ano que agora se encerra e me deliciei com o modo simples, direto e divertido como ela trata até os problemas mais cabeludos da tradução. Valeu a pena.
É um pouco de sua vasta experiência que ela vai compartilhar agora, de novo, em suas oficinas de tradução. Para mais informações, dê uma clicadinha aqui, que é o ciberlar dela.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
E você?
E virei tradutora...
Eu costumo medir um pouco o conteúdo, mas adoro falar de mim mesma. Entrei no mundo das Letras por acaso, talvez por destino, se alguém acreditar nisso. A primeira vez em que passou pela minha cabeça ser tradutora foi aos 15 anos, quando traduzia umas músicas. A ideia passou logo, e pensei em jornalismo e arquitetura, entre muitas outras coisas. A arquitetura ganhou. Fui fazer cursinho para prestar a Fuvest e estudar na USP.
No meio daquele ano, 2001, eu estava sem um tostão furado no bolso e a diretora da escola onde eu estudava inglês me chamou para dar aula para as crianças. Deixei de assistir muita aula de gramática no cursinho para dar essas aulas. Depois apareceram outras turmas e fui gostando, gostando, mas não me passava pela cabeça mudar a minha opção de curso universitário. Passava pela cabeça da minha mãe e da minha chefe, no entanto, e logo começou a pressão para eu prestar letras. Fiz a minha inscrição só para me poupar dos discursos. No meio do caminho, comecei a mudar de idéia e ficar indecisa. Prestei os dois vestibulares e estava rezando – naquela época eu ainda rezava – para passar em um só e não ter que decidir. Passei em Letras, fui fazer e me apaixonei. Não duvido que tivesse gostado da mesma maneira de arquitetura, mas duvido que me desse bem como me dei em letras.
Fui levando o curso e dando minhas aulas. Tinha dia de chegar mais de meia noite em casa e ter aula no dia seguinte às sete e meia, e não é nenhum segredo que eu odeio muito acordar cedo. Terminei o curso em 2006 e comecei no Yázigi em 2007, onde fiquei até setembro de 2008. Durante esses sete anos, traduzi uma coisinha aqui e outra ali, em geral artigos acadêmicos. Foi a época em que levei meu único calote, também. Se eu tivesse conhecido o pessoal da comunidade Tradutores/Intérpretes BR antes, não teria levado nenhum. E foi participando da comunidade que a minha vida mudou.
Muita gente acha que Orkut é brincadeira, que só em um bando de adolescente IxCrEvEnDuUu aXxIm. Não é verdade. Na comunidade de tradutores, conheci muita gente, fiz minha rede de contatos, comecei a trabalhar mais seriamente com tradução. Não fosse por aquele espaço, eu nunca teria criado uma postura profissional como a que tenho hoje. E ainda estaria dando aula de inglês e ensinando verbo to be. Foi nessa comunidade que conheci o Danilo, e foi pelas coisas que eu escrevia lá que ele me chamou para trabalharmos juntos. Na mesma época, minha mãe ficou doente e precisei parar com as aulas para poder cuidar dela. Foi um susto para o Danilo, mas tudo acabou dando certo.
A partir daí, as coisas evoluíram muito rapidamente. Foi um salto até eu estar me sustentando e tirando o suficiente para montar a minha casa, em fevereiro. Mas foi um salto para dentro do desconhecido, também. E deu (dá) trabalho, bastante. Pegar o jeito de traduzir, lidar com CATs, com clientes, com prazos, com ter trabalho num dia e no outro não, com lazer, com estudar (pelo menos um pouco) e com família não é fácil e não foi só uma vez em que achei que não ia dar conta de tudo. E não dou mesmo. Não é todo dia que consigo ler alguma coisa, não é todo dia que consigo cozinhar ou cuidar da minha casa ou passear com a minha cachorra ou ir para a academia. De verdade? Teve dias em que nem tempo para dormir eu tive, em 2009. E que, quando finalmente eu tinha tempo para dormir, eram 7 da manhã e o vizinho estava fazendo barulho com a furadeira. Para “equilibrar”, também não foi em todo momento que eu tive serviço (e, consequentemente, dinheiro). Além disso, estou investindo grande parte do que recebo – ia dizer do que sobra, mas se tem uma coisa que nunca sobra é dinheiro – em equipamentos, softwares, livros e dicionários.
Mas tudo isso está longe de ser uma reclamação. A verdade é que, enquanto eu ainda era professora, eu não conseguia me imaginar daqui a 20 anos, por exemplo. Não me passava pela cabeça de que eu poderia viver no futuro, só sabia que não seria de dar aula. Hoje eu consigo me ver velhinha e traduzindo alguma coisa completamente escandalosa, deliciada com o choque que as pessoas sentem com uma velhinha boca suja.segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Por que sou tradutor?
Em meados de 1970, estava na miséria. Um conjunto muito complexo de fatores me tinha levado a montar uma franquia Fisk em Porto Alegre, empreendimento para o qual eu não estava preparado nem financeira nem profissionalmente. Na Fisk São Paulo (onde trabalhei depois de trabalhar no Yázigi), tinha feito uma carreira meteórica, passando em menos de um ano de professor dos iniciantes a algo que, talvez, hoje, chamássemos coordenador pedagógico ou o que seja. Como ia casar e estava, por motivos particulares, ansioso por sair de São Paulo, cismei de abrir a franquia em Porto Alegre.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Edição Extra - Ministério da Justiça quer Multar SINTRA
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Carta aberta ao SINTRA
Caros colegas,
O Sintra está sendo investigado por possível formação de cartel, pela divulgação da nossa lista de valores de referência.
A Secretaria de Defesa Economica abriu um processo administrativo acusando-nos disto. Estamos na fase do final da instrutoria do processo e na segunda feira mandaremos as alegações finais (de defesa), para corroborar ainda mais que o Sindicato publica sim uma lista de preços, mas que esta lista de preços não é impositiva nem para os filiados nem para as empresas que contratam tradutores, solicito a ajuda de todos vcs que nos mandem emails dizendo que vocês usam a lista apenas como base mas que a palavra final, o acordo, é feito entre vcs e a empresa que contrata o serviço.
Queremos anexar os e-mails como prova que o Sindicato não impõe os preços apenas os sugere.
Obrigada a todos pela ajuda
Elizabeth
sábado, 12 de dezembro de 2009
Você decide – traduzir ou não traduzir? final
E muito obrigado a todos os que comentaram. Blogue sem comentário não tem graça.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O que é traduzir?
Ia comentar, mas é supérfluo.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Edição Extra: nota de falecimento — Yvan Cloutier
Trabalhava no Gabinete de Terminologia do governo de Québec, que faz parte de um pequeno grupo de líderes na área. Não posso dizer que tivéssemos sido amigos: escrevi um par de vezes na lista dele e ele sempre respondeu, atencioso, mas foi só. Era somente mais um de seus admiradores, embora soubesse muito pouco sobre ele. O que esse homem achava na Internet não era normal e os arquivos da lista Eurêka ainda por um bom tempo vão servir de orientação para nós. Vai o homem, fica sua obra.
Começou mal, a semana.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Se você pensa que é só tradutor brasileiro que sofre
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
ABC de memórias de tradução
Traduzir, hoje, é muito mais fácil que no passado, não só pela inesgotável fonte de informações e contatos que é a Internet, mas também por causa das CAT tools. E o que faz esse trem de nome esquisito?
Computer-aided translation tools, ou seja, ferramentas que auxiliam a tradução no computador, são frequentemente confundidas com tradutores automáticos. Um erro comum, mas as duas coisas não poderiam ser mais diferentes. Um tradutor automático traduz para você, sozinho. Pode não ficar uma maravilha – e não fica mesmo, pelo menos por enquanto – mas ele traduz. Uma CAT tool não faz nada sozinha, nada. Para o tradutor iniciante, muitas vezes ela chega até a atrapalhar, mas compensa como investimento futuro. Como não se passa uma semana sem que o Danilo e eu recebamos perguntas sobre as tais memórias de tradução, tive a ideia de desenvolver um ABC, que vai ainda aumentar muito e que vai ser parte de uma surpresa que estamos preparando.
Uma das principais atrações dessas ferramentas é a TM (translation memory). TM é o arquivo onde a ferramenta armazena todas as suas traduções, segmento por segmento, junto com o original. Segmento é um trecho pequeno do texto, em geral uma frase. Em novas traduções, a CAT tool consulta esse arquivo e, se a frase a ser traduzida estiver lá, ou for parecida com a que está lá, maravilha: ela sugere a tradução, você revisa e complementa se for necessário, e não precisa traduzir de novo. Com isso, dá para perceber que uma TM bem recheada, principalmente para quem trabalha com textos repetitivos, é uma ajuda imensa e aumenta muito a produtividade. Mas, quando a gente começa a usar uma dessas ferramentas, a TM está vazia e não ajuda em nada.
Outro grande trunfo é o glossário. Aqui, também, os iniciantes estão em desvantagem, porque precisam começar seus glossários do zero, e isso toma um tempo enorme (eu, pelo menos, acho que sim). Mas existem duas vantagens que, a meu ver, compensam o esforço: não precisar digitar várias vezes a mesma sequência repetida, nem palavras comuns na língua, e não precisar refazer uma pesquisa complicada sobre determinado termo que rendeu aquela solução fantástica e que, depois, você corre o risco de não lembrar.
Existem vários softwares de auxílio à tradução, para todos os gostos e bolsos – tem inclusive alguns grátis. O mais conhecido e pedido é o Trados, que eu nunca vi na frente. Creio que, hoje, o grande concorrente é o MemoQ, que eu uso e é uma gracinha. Faz coisas incríveis, mas é caro, custando cerca de 2 mil reais, conforme o câmbio. Comprei o meu em uma promoção de 50% de desconto. Dos pagos, o mais acessível é realmente o Wordfast, que ainda tem desconto para o Brasil (e outros países). Ainda que caros, eu acredito que compensa. Além de aumentarem a produtividade, e consequentemente o lucro, ainda me permitem fazer coisas que, sem eles, eu não poderia fazer, e perderia o dinheiro, quando não o cliente.
Alguns desses programas, como o Wordfast, podem trabalhar em conjunto com o Google Translate. Ajuda em algumas ocasiões, atrapalha em outras, quando revisar a sugestão do Google dá mais trabalho que traduzir sozinho. Mas acredito que dê pra perceber que isso é só mais um detalhe, não a principal função desses nossos amiguinhos.
Aprender a usar as ferramentas de tradução não é tarefa óbvia. Tem gente que tem mais facilidade, e vai sozinho, com o manual, numa boa. Eu lembro que, da primeira vez que vi o Wordfast na minha frente, eu lia, relia e trelia o manual e não entendia nada do que aquilo tudo queria dizer. No meu caso, perguntar aqui e ali resolveu. A apostila aí do lado (que na época era só do Danilo) também me ajudou demais da conta. Mas tem gente que precisa de cursos. Tem alguns tradutores que ainda dão curso de Wordfast. O pessoal da Kilgray, desenvolvedores do MemoQ, faz vários Webinars – apresentações de uma hora – por mês, mas em inglês, alemão e talvez alguma outra língua que eu não lembro agora. Já assisti o básico umas duas ou três vezes e sempre aprendo algo novo.
De tudo isso, só concluo uma coisa: só não se atualiza quem não quer.quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Edição Extra Extra: Martin Claret X Denise Bottmann
Do blogue da Denise Bottmann:
No dia 03/11 o Juiz de Direito da comarca de Registro rejeitou a queixa-crime proposta por Martin Claret, em sentença publicada no Diário Oficial do Estado, por considerá-la sem justa causa. Decorrido o prazo para recurso sem manifestação do proponente.
Se você não entendeu direito, a Martin Claret ingressou em juízo contra a Denise. Houve uma audiência de conciliação, em que a Denise se negou a retratar-se. Posteriormente, o juiz rejeitou a queixa, quer dizer, concluiu que a Denise não tinha cometido crime algum. Dessa rejeição, cabia à Martin Claret o direito de apelar e, para isso, tinham um prazo. Optaram por não apelar, que também é direito deles. Como não apelaram no prazo, não podem apelar mais.
Nossos parabéns à Denise e ao seu advogado. Por outro lado, do fundo do coração, esperamos que a Martin Claret e as outras editoras envolvidas no escândalo dos plágios de tradução passem a agir direito.
Denise, um abraço e tome uma boa garrafa de vinho tinto hoje. Você merece.
O blogue da Denise está aqui. Clique para visitar e deixar um recadinho a ela. Ela merece.
Edição extra: O Renato, a Época e o tradutor
Pensou lá com seus botões e concluiu que a melhor coisa a fazer era escrever à revista. Outros teriam começado uma campanha absolutamente inócua do tipo "Não compre a Época: ela não dá valor ao tradutor". O Renato achou que a primeira coisa a fazer era escreve uma mensagem — e escreveu o que você pode ler aqui abaixo.
Na edição de 30 de novembro de 2009, a revista Época apresentou uma interessante reportagem sobre o livro Nossa Escolha, escrito pelo ex-presidente norte-americano Al Gore. A matéria é um trecho muito bem traduzido de um livro que será lançado em dezembro, mas o editor se esqueceu de informar o nome da pessoa que fez a tradução da obra.
Curiosamente, o fotógrafo cuja imagem ilustra o artigo, Jeff Riedel, foi devidamente creditado. O editor da matéria sabe que uma foto não surge do nada. Uma foto sempre tem um profissional por trás dela; um profissional que enquadrou o objeto de interesse da lente, ajustou o foco, preparou a iluminação e editou o material antes de ele ser publicado.
Infelizmente, esse mesmo editor não percebeu que a tradução de um texto também não surge do nada. Toda tradução sempre tem um profissional dedicado por trás dela; um profissional que fez a transcrição das palavras originais - do inglês ou de outra língua - para a nossa; um profissional que re-escreveu o texto em nosso lindo idioma para que ele pudesse ser saboreado pelos leitores da revista Época, e também ajustou as frases, preparou a iluminação, revisou tudo e editou o material antes de ele ser publicado.
Peço à direção da revista Época que alerte os seus editores para o fato de que as traduções devem SEMPRE ser creditadas, pois é isso que merece o profissional que a realizou, o mesmo merece o leitor da publicação e assim determinam as leis éticas da nossa sociedade.
Obrigado.
Renato MottaÉ uma mensagem educada, nada daquela oratória altíssona, grandíloqua e sesquipedal, carregada de ironias e generalizações acusatórias, do tipo "a autoproclamada grande imprensa que se diz democrática…", nada de insultos. Aponta uma falha, demonstra que é uma falha pela comparação com o caso do fotógrafo, creditado pelo seu trabalho, e pede uma correção, sem criar confrontações.
Achando bom pedir um pouco de pressão por parte dos colegas, postou a mensagem aqui , onde deve ter sido lida por várias centenas de colegas, vários dos quais escreveram à revista. No fim da tarde, a Época já estava se desculpando e dizendo que vai publicar uma errata.
Vitória para nossa categoria? Por certo! De parabéns o Renato pela ação e a revista Época pela reação. Mas é bom lembrar que foi também uma vitória da civilização. Porque o Renato, antes de agir como tradutor, agiu como homem civilizado e a Época, ao reconhecer o erro, retratar-se e prometer solução, também agiu civilizadamente.
Agora, olho vivo para ver se não recaem em tentação - e fica o exemplo. Se você for membro da comunidade do Orkut, deixe lá o seu abraço ao Renato. Se não for, deixe um abraço no perfil dele - ele de certo merece nossa gratidão.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
O exemplo vem de onde?
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Você decide – traduzir ou não traduzir?
1. Você é intérprete em uma reunião, da qual participa uma pessoa de projeção (político, artista, membro da comunidade de negócios, intelectual…). Essa pessoa de projeção, em dado momento, faz uma declaração que, se divulgada pela imprensa, pode causar grandes constrangimentos e prejuízos (tentei estuprar, estuprei, roubei, matei, destruí, prejudiquei…). O que você faz?
(a) Traduzo exatamente o que foi dito. O orador é responsável pelo que diz. Tradutor não é censor. Se eu não traduzir o que ele disse, estarei atraiçoando a audiência. Deixo à audiência decidir se a história é verdadeira ou mera brincadeira.
(b) Omito ou abrando as declarações, porque é minha responsabilidade evitar um incidente desnecessário.
(c) Depende de quem está me pagando. Se for o orador, omito ou abrando, porque minha função é evitar problemas para ele. Se for a audiência, faço uma tradução tão fiel quanto puder, porque, ao aceitar o serviço, aceitei a incumbência de manter a audiência bem informada.
(d) Se for um político do meu partido, omito ou abrando; se for um político de outro partido, deixo que ele se arrebente.
2. Se estivesse na audiência:
(a) Preferiria que o intérprete traduzisse tudo o que foi dito. Cabe a mim decidir se foi brincadeira ou se foi a sério.
(b) Preferiria que o intérprete traduzisse tudo o que foi dito, mas explicasse que evidentemente se tratava de uma brincadeira, se fosse o caso.
(c) Omitisse as observações mais cruas, para evitar um escândalo e salvaguardar a honra do orador.
(3) Se fosse o orador:
(a) Preferiria que o intérprete traduzisse tudo. Eu assumo responsabilidade pelo que digo.
(b) Ficaria grato se o intérprete omitisse ou abrandasse qualquer coisa que me pudesse causar problemas posteriores.
Na semana que vem, comentamos.
Esclarecimento postado no dia 1/12: Agradecemos aos diversos comentaristas, que, inclusive, tiveram o bom senso de se ater ao assunto, sem se desviar para o lado político da questão.
Segundo tudo o que lemos sobre o assunto, não há dúvida de que o Lula contou a história e que a história era a descrição de uma tentativa de estupro, inclusive com uma descrição da reação da quase-vítima. O interessante é que parte das pessoas viu como uma brincadeira (de bom ou mau gosto) e outra parte viu como a descrição de um fato real. Por outro lado, as expansões do tema feitas por alguns dos comentaristas só enriquecem a discussão. Obrigado por agora e continuem comentando.
Os comentários já postados mostram que as respostas podem ser diferentes conforme se trate de simultânea ou consecutiva — e, mais ainda, se for tradução escrita, para legendagem ou dublagem. Se alguém quiser explorar essas facetas, considero uma contribuição positiva.
domingo, 29 de novembro de 2009
Você decide: O Repasse
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Você decide – O Repasse
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Edição Extra: Desaforo!
Ótimo, mas, não teve dez minutos, nesses dez anos, para aprender a escrever português? Para aprender que é "há dez anos"? E quer se dedicar à tradução! De vez em quando, me ferve o molho de tomate que me corre nas veias e dá vontade de responder como se respondia no Brás, na minha infância. Mas não adianta. Primeiro que a destinatária da correção ainda responde com mimimi, 'tadinha. Segundo, que vem a turminha do "ah, temos que fazer críticas positivas" passar a mão na cabecinha de bagre. Farei, então uma crítica altamente positiva: quer ser tradutor? Ótimo. Gaste cada minuto livre de sua vida estudando a sua segunda língua (provavelmente o inglês) e para cada minuto que estudar a segunda língua, estude ao menos dois de português. Agora, escreva 100 vezes:
Estudo inglês há dez anos.
Estudo inglês há dez anos.
Embolou o Meio de Campo - para Lucya Hellena e Luciana
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Você decide: O Repasse
Detesto repassar serviço. Outro dia, um cliente americano me mandou um pacote de serviço do inglês e dois arquivos em francês. Deve ter havido algum mal-entendido, porque ele cria que eu traduzisse do francês, o que não é verdade. Avisei, e ele disse "Onde é que eu vou arranjar agora quem faça francês para o português? Te vira aí, você, por favor." Note que esse cliente está na Califórnia e não fala português. Para ele, arranjar alguém confiável que fizesse duas mil palavras do francês para o português de um dia para o outro ia ser terrível. Ia ter que postar no ProZ ou coisa pior ainda — e era material confidencial. Para mim, custou um telefonema a uma amiga de um quarto de século. Mas mandei para um os dados do outro, para que, no futuro, se entendessem sem a minha interferência.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
E a transparência?
A mim, pouco importa o preço do repasse. Creio que cada um aceita aquilo que acha que merece ou consegue e, uma vez aceitos o serviço e o valor, essa é uma reclamação estéril e até, conforme o caso, antiética. Acho a questão da transparência com a empresa que solicitou o serviço muito mais importante.
Se ela foi avisada e concordou, não vejo problemas. Mas e se não foi avisada? Como fica a confidencialidade do documento? Eu já peguei uma meia dúzia de textos para traduzir que só vieram ao conhecimento público bem depois da tradução. Imagina se eu repasso e isso cai na boca de quem não deve, como eu fico perante o meu cliente?
Sei não, acho que arrumar cliente hoje é tão difícil, manter também, com tanta oferta de mão de obra... que eu é que não vou me arriscar a perder um numa bobeada dessas.
Embolou o Meio de Campo — Parte 2
domingo, 22 de novembro de 2009
Causo Relampo - Você já Parou para Pensar?
Logo no início da aula eu disse "uma nota promissória é só isso: uma nota promissória, uma nota, um bilhete, um escrito, em que se promete alguma coisa, neste caso pagar um determinado valor". Uma das participantes, comentou irritada: "Eu sou uma anta! Conheço o termo há muitos anos e nunca tinha pensado nisso. Preciso aprender a ler com mais cuidado".
O comentário, creio, serve para todos nós. Leia com cuidado, calmamente, que o texto começa a fazer mais sentido.
Obrigado pela vista e volte amanhã.
sábado, 21 de novembro de 2009
Antigamente, os Políticos Sabiam Ler
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Posta-restante: Perguntas que exigem respostas breves
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Edição Extra - Dia da Consciência Negra para Tradutores
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Embolou o meio de campo!
Mas o Yves Champollion já disse que vai tomar uma providência.
A ver quem ganha. Aposto nos gauleses.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Você decide: O Repasse
- Existem na Internet vários portais onde se oferecem serviços para tradutores.
- Nossa colega Alfa entrou no Portal 1 e encontrou uma oferta de serviço, postada por Beta. Candidatou-se e conquistou o serviço.
- Em seguida, entrou no Portal 2 e descobriu que Beta tinha conquistado o serviço lá, nesse Portal 2, onde tinha sido postado por Gama e que estava recebendo, por ele, aproximadamente três vezes o que estava pagando a Alfa.
- Tendo tomado conhecimento da situação, Alfa escreveu a Beta e rejeitou o serviço.
- Beta tinha direito de repassar o serviço?
- O fato de que Beta tinha repassado por um terço do que recebia é relevante?
- Alfa tinha alguma obrigação de rejeitar o serviço?
- Gama foi lesada?
domingo, 15 de novembro de 2009
Ainda a revogação da regulamentção dos TPICs no RJ
Concurso para Tradutor Público ("juramentado) no RJ - desregulamentaram a profissão?
Caros colegas, acabei de descobrir na página da Jucerja que a mesma revogou, com a Deliberação 32/2009 de 6 de novembro (coincidentemente logo após a divulgação dos resultados da prova escrita do concurso) a Deliberação JUCERJA n.º 106, de 29 de outubro de 1998, que trata da regulamentação do ofício de Tradutor Público e Intérprete Comercial. Como interpretam isso? Não se trata de uma nova regulamentação revogando a velha. A regulamentação em si é que foi revogada.
sábado, 14 de novembro de 2009
Cliente estrangeiro precisa de nota fiscal ou RPA?
Meu nome é M., 32, e também sou tradutora. Li no seu site as informações sobre as formas de pagamento para quem traduz para o exterior e tenho uma dúvida: eu não emito nota, eu não tenho firma aberta. Caso seja possível trabalhar assim para uma agência no exterior, qual seria a melhor forma de receber o pagamento? Tenho tido dificuldades para encontrar informações, você poderia me ajudar?