Rapaz pergunta se eu posso fazer uma revisão técnica de uma tradução dele e quanto cobraria pelo serviço. Cotei meu preço. Ficou furioso: "É mais do que eu vou ganhar pela tradução!"
Quem mandou cobrar pouco?
Tradutor reclama que ganha pouco e, quando subcontrata serviço para outro, acha que o outro deve cobrar menos ainda. Querem "preço especial para colega". Não faço e pronto. Minha posição: o cliente que quiser o meu serviço, tem que pagar o meu preço. Se eu fizer um "preço camarada" para um colega poder cobrar baixo e ainda ganhar algum, indiretamente estou vendendo o meu serviço ao cliente por preço baixo.
Faz sentido?
5 comentários:
Hoje na aula de Teorias da Tradução discutimos um pouco sobre o assunto da desvalorização do tradutor, mais ligado ao contrato de cessão de direitos autorais, e nos perguntamos o que aconteceria se todos os tradutores consagrados deixassem de assinar um contrato por essa cláusula. Chegamos à seguinte conclusão : Nada. A classe não é unida nem para manter um preço alto o suficiente, o que dirá para manter-se uma posição frente aos "exploradores".
Participei de um "leilão" de tradução e o resultado, no meu ponto de vista, foi um absurdo total.
O projeto era a tradução de 5000 palavras de um texto não técnico. Os participantes deveriam dar seu lance para fazer o serviço.
Até onde acompanhei o processo, foram feitos 70 lances que variavam de R$ 70,00 a R$ 2500,00.
Como pode alguém cobrar 70 reais para fazer um trabalho que o outro cobra 2500,00?
Realmente é uma profissão difícil...
Mais tarde vou postar um artigo com comentários sobre o que vocês escreveram.
Felipe, onde você estuda?
Estudo na UNESP de São José do Rio Preto.
Ah, sim, conheço. Estive várias vezes aí, no plistoceno. Bom lugar.
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