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domingo, 28 de janeiro de 2007

Preços, de novo!

Já falei de preços aqui várias vezes. Se o assunto interessa a você, no alto da página tem um “search this blog” para você achar os artigos mais antigos sobre o assunto.

Na última vez que falei sobre preços, mencionei os nacionais e disse que, no capítulo seguinte, ia falar dos estrangeiros.

O mercado estrangeiro perdeu um pouco de seu interesse por causa da taxa de câmbio. Com o dólar a quase quatro reais, a coisa é uma, mas está ameaçando chegar a dois e já, então, não é aquela maravilha. Também é bom lembrar que trazer dinheiro do exterior pode ser complicado e caro. Dê uma busca em “globalização”, que você acha as outras coisas que escrevi sobre o assunto.

No exterior, como no Brasil, os preços variam muito. O mínimo que me ofereceram veio de agências indianas e chinesas, que acham três centavos de dólar por palavra uma grande maravilha. Essas agências geralmente são terceirizadas. Quer dizer, o cliente final, alguma empresa européia ou americana encarrega uma agência de fazer o serviço, essa repassa aos chineses que, por fim, repassam aos tradutores finais. Evidentemente, cada um tira uma fatia do bolo e, quando chega a nossa vez, sobrou muito pouco.

O pior, entretanto, é que a cadeia de pagamentos fica muito fraca. Quer dizer, para receber, você depende de uma transferência internacional vida de uma agência chinesa que depende de uma transferência internacional vinda de uma agência americana que depende de um pagamento de uma empresa qualquer que pode ou não estar interessada em pagar seus tradutores com presteza. Aumenta muito o risco.

A isso se chama, muitas vezes, o mercolixo. Quem opera no mercolido faz poucas exigências de qualidade. Os muito exigentes, passam o revisor ortográfico e, se não acharem nada de muito estranho (quer dizer, se maioria das palavras estiver em português e se as que não estiverem em português forem palavras inglesas conhecidas), aceitam e mandam para a frente.

Quer dizer, isso parcialmente compensa o baixo preço pago, se você tiver dedo para digitar milhares e milhares de palavras por dia. Muitas dessas agêcias procuram tradutores via www.proz.com, um bom lugar para frequentar se você está procurando esse tipo de serviço, que pode até ser bom para “solta a mão” dos principiantes.

Mas também há excelentes agências e clientes finais, gente que paga bem, paga rapidamente e faz questão de qualidade. Mas disso falamos outra hora, que por hoje é só. Volte amanhã, que tem mais. E não se esqueça da Reunião na Sala 7, sábado que vem.

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