Qual é a primeira distinção entre você e um desses programas de tradução automatizada, digamos Babelfish? Certamente, o fato de que você entende o que está lendo e o programa não entende nada. Faça valer essa diferença. Distancie-se cada vez mais dos tradutores eletrônicos procurando entender cada vez melhor o que você está traduzindo. Não importa o que te digam os doutores Silvana da tradução, quanto melhor você entender o original, maior é sua chance de produzir uma boa tradução. E se você não entender nada, não há dicionário nem glossário nem teoria que te salvem a pele: a tradução vai sair um lixo.
Se você não está entendendo nada do original, leia de novo, pesquisa na Internet, faça alguma coisa. Mas não se conforme.
Outro fator que faz diferença é lembrar das suas aulas de inglês e das dificuldades com que você teve de lutar. Por exemplo, você se lembra como foi difícil aprender a dizer coisas como:
- My wife speaks German well, but I don’t.
quando, em português, a gente diz
- Minha mulher falabem alemão, mas eu não.
não é verdade? Quer dizer, o natural, para nós, não é usar verbos auxiliares como vicários. Custou para aprender, custou muito. Agora, ainda que mal pergunte, por que, ao traduzir, a turma sai com Minha mulher fala bem alemão, mas eu não o faço? Vamos fazer um esforço para escrever português natural, normal, de gente criada a força de arroz e feijão e não tradutorês. Combinados?
Não perca o próximo capítulo deste emocionante novelão.
Um comentário:
Olá Danilo,
Não tenho muito a comentar,pois definiu muito bem... obrigado pelas aulas de tradução que você dá todos os dias, parabéns!!!!!
Dirceu (translator wannabe)
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