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sábado, 6 de janeiro de 2007

Trabalhar para o exterior (4) – Como receber o pagamento (continuação)

Vamos voltar ao assunto dos pagamentos.

Melhor do que o cheque, que é um pesadelo, se você não tiver conta no exterior, é a transferência eletrônica, que, tecnicamente, se chama “electronic funds transfer”, mas que, coloquialmente, muita gente ainda chama “wire”, porque, antigamente, era, de fato, uma transferência telegráfica. É muito mais rápido e chega, direitinho, à sua conta bancária, onde quer que ela seja.

Muitas agências se negam a fazer esse tipo de pagamento. Fora do Brasil, os cheques liquidados pelos bancos são devolvidos ao emitente. Isto significa que a agência (ou quem quer que esteja pagando) pode guardar os cheques carimbados “pago” pelo banco deles como recibo, para fins de controle interno. Estão tão acostumados com esse sistema, que relutam em usar os recibos fornecidos pelos bancos quando fazem transferências. Além disso, transferências eletrônicas custam dinheiro, entre 30 e 40 dólares, dependendo do banco e, por isso, só são viáveis para pagamentos de valores razoavelmente altos. Algumas agências somente fazem esse tipo de pagamento se você permitir que deduzam o custo da transferência do valor da tradução. Geralmente, vale a pena, porque o dinheiro pinga na sua conta, aqui no Brasil, rapidinho e sem que você tenha de levar mim papéis ao seu banco. Mas claro, se o serviço for de 100 dólares, não vale a pena. Para isso, há outras soluções, das quais vamos falar mais adiante. Desculpe a novela que estou fazendo dessa questão, mas, realmente, é complicado e não gosto de dar informações pela metade.

Antes que me esqueça, para fazer uma transferência dessas, o seu cliente precisa saber o código SWIFT do seu banco no Brasil, que o próprio banco vai informar a você. Os clientes americanos costumam pedir o “ABA number”, mas isso é coisa interna lá deles e às vezes precisa de um pouco de persistência para explicar que, por definição, só os bancos americanos têm. Os europeus costumam pedir o IBAN, mas, aqui também, é coisa interna lá deles. Internacionalmente, o que existe é SWIFT.

O Ewandro apareceu aí em baixo contando uma história de um cliente que pagou em quatro dias. Existem essas coisas, claro. Mas são a exceção, não a regra. A regra, nos EUA, Canadá e RU, é 30 dias; na Europa continental, de 60 para mais. Se seus clientes são mais rápidos, sorte sua.

Por hoje é só, mas a conversa não acabou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Danilo,
Adorei conhecer seu blog.

A respeito do IBAN (International Bank Account Number):
para evitar encargos desnecessários porparte dos bancos europeus, é interessante informar o código IBAN, fácil de montar:
número do banco+número da agência+000+número da conta do beneficiário.

Ernesta de Florianópolis